A dimensão argumentativa de contos ilustrados na luta antirracista: Fevereiro, Minhas contas e De passinho em passinho: uma história para dançar e sonhar
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85084Resumo
Com base no pressuposto de que todo discurso apresenta uma dimensão argumentativa (Amossy, 2018) própria do ponto de vista intrínseco à expressão comunicativa, neste trabalho, pretendemos analisar os processos de identificação e de qualificação que constituem, entre outros, a semiotização do mundo (Charaudeau, 2008), problematizando seu caráter subjetivo, favorável à (re)construção de imaginários sociodiscursivos (Charaudeau, 2018b) relacionados ao (anti)racismo. Considerando, como Colomer (2017), que a literatura infantil reflete como a sociedade se vê, analisaremos a representatividade negra nos contos ilustrados Fevereiro, de Carol Fernandes (2023), Minhas contas, de Luiz Antonio (2022) e De passinho em passinho: uma história para dançar e sonhar, de Otávio Júnior (2021), a fim de flagrar o caráter argumentativo das narrativas, não só quanto à temática explorada nas obras, mas também quanto a esses recursos linguageiros, que permitem implicitar avaliações positivas em relação às qualidades do modo de ser negro, indo de encontro ao racismo estrutural prevalente em nossa sociedade, sem necessariamente impor uma opinião, mas provocando a reflexão em função da projeção persuasiva dos contos.
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