A rede de processos metamórficos na literatura dos povos Maraguá e Macuxi

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85083

Resumo

O artigo trata do tema das metamorfoses relacionadas à literatura infantil e juvenil por meio de um enfoque sobre a literatura indígena contemporânea dos povos Maraguá e Macuxi. Tem-se como objetivo explanar acerca de três processos metamórficos na referida literatura, os quais alcançam as seguintes possibilidades de compreensão: em primeiro lugar, pela sua construção mimética, compreendendo o procedimento da mimesis como uma metamorfose; em segundo, pela temática engendrada nas narrativas indígenas, nas quais há uma incidência significativa de encantarias metamórficas devido ao animismo, constitutivo de sua cosmogonia; e, em terceiro, pela proposta de recepção descolonizadora e transformadora/metamórfica sugerida por essa ficção. O tratamento teórico será, em linhas gerais, fundamentado pelas teorias de Roland Barthes e Luiz Costa Lima acerca da mimesis; pela noção de animismo e perspectivismo contemplada, respectivamente, nos estudos de Philippe Descola e de Eduardo Viveiros de Castro; pela concepção de encantaria de João de Jesus Paes Loureiro; e por estudos norteados por perspectivas teóricas relacionadas ao pós-colonialismo e afins, como os de Miguel Nenevé, Georges Balandier, Arturo Escobar, Aníbal Quijano, Homi Bhabha e Ailton Krenac.

Biografia do Autor

Marisa Martins Gama-Khalil, Universidade Federal de Uberlândia

Professora da UFU e pesquisadora PQ do CNPq. Pós- Doutorado em Estudos Literários (Universidade de Coimbra, 2014), Doutorado em Estudos Literários (UNESP, 2001), Mestrado em Literaturas de Expressão Portuguesa (UNESP, 1994). Líder do Grupo de Pesquisas em Espacialidades Artísticas. Pesquisadora e autora de publicações nas áreas de Literatura Fantástica, Teoria da Narrativa (especialmente no que se refere a questões inerentes a espaço e a cronotopias e heterocronias), Estética da Recepção e Literatura Infantil e Juvenil.

Downloads

Publicado

2024-08-30

Edição

Seção

Dossiê 49: Literatura Infantil e Juvenil contemporânea: inquietações e metamorfoses