A rede de processos metamórficos na literatura dos povos Maraguá e Macuxi
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.85083Resumo
O artigo trata do tema das metamorfoses relacionadas à literatura infantil e juvenil por meio de um enfoque sobre a literatura indígena contemporânea dos povos Maraguá e Macuxi. Tem-se como objetivo explanar acerca de três processos metamórficos na referida literatura, os quais alcançam as seguintes possibilidades de compreensão: em primeiro lugar, pela sua construção mimética, compreendendo o procedimento da mimesis como uma metamorfose; em segundo, pela temática engendrada nas narrativas indígenas, nas quais há uma incidência significativa de encantarias metamórficas devido ao animismo, constitutivo de sua cosmogonia; e, em terceiro, pela proposta de recepção descolonizadora e transformadora/metamórfica sugerida por essa ficção. O tratamento teórico será, em linhas gerais, fundamentado pelas teorias de Roland Barthes e Luiz Costa Lima acerca da mimesis; pela noção de animismo e perspectivismo contemplada, respectivamente, nos estudos de Philippe Descola e de Eduardo Viveiros de Castro; pela concepção de encantaria de João de Jesus Paes Loureiro; e por estudos norteados por perspectivas teóricas relacionadas ao pós-colonialismo e afins, como os de Miguel Nenevé, Georges Balandier, Arturo Escobar, Aníbal Quijano, Homi Bhabha e Ailton Krenac.
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