Notas a partir da “sobrevida” da dramaturgia para a infância no contexto da mediação editorial do Concurso Nacional de Teatro Infantil
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2024.84972Resumo
A popularidade de obras da dramaturgia infantil brasileira junto ao público mirim não é resultado da leitura do texto dramatúrgico, mas do acesso às montagens desses textos (Zilberman, 2005). Assim, é possível afirmar que a dramaturgia para a infância publicada no Brasil até, pelo menos, meados da década de 1990 (salvo casos muito específicos), não se destinava à leitura da criança (recepção por meio do texto impresso), mas ao público adulto formado pelos profissionais das diversas linguagens ligadas ao teatro, a quem cabe realizar a encenação, essa sim direcionada à criança. Neste estudo, busca-se confirmar e exemplificar o argumento exposto, mirando um exemplo da dramaturgia publicada na década de 1970, no contexto dos concursos de dramaturgia realizados no Brasil, em especial do Concurso Nacional de Teatro Infantil, o Teatro infantil – 1976, composto de quatro peças premiadas. Desse modo, percebe-se a edição do volume em questão – a exemplo do que ocorria a cada edição do concurso e de outros certames realizados no Brasil – em um contexto que o considera o primeiro movimento de mediação editorial (Chartier, 2002a, 2002b), capaz de possibilitar que textos importantes consigam se estabelecer, permanecer e chegar aos períodos seguintes, em que seja possível encontrar outros leitores.
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