Do audiolivro ao livro: um estudo intermidial sobre Mulher Maravilha (2020), de Chico Felitti

Autori

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74636

Parole chiave:

Mulher Maravilha, Chico Felitti, intermidialidade, audiolivro, livro.

Abstract

O audiolivro é um tipo de mídia que, desde a sua origem, foi convencionado como uma alternativa ao livro. Por isso, autores como Matthew Rubery (2016) argumentam que sua identidade sempre esteve definida em relação ao impresso. Mas, e quando o audiolivro é lançado antes do livro? Quais são os impactos dessa quebra de expectativa? Observando situações como essa, o presente artigo tem por objetivo comparar as semelhanças e, principalmente, as diferenças ocasionadas durante o processo de transmidialidade intermidial, também chamada de transformação de mídia (ELLESTRÖM, 2021), a fim de investigar a forma como isso afeta a midiação e a percepção. Para tanto, escolhemos como objeto de estudo a audiobiografia e o livro Mulher Maravilha, de Chico Felitti (2020; 2021), por refletir um possível novo cenário de (inter)relações entre esses dois tipos de mídias. Após análise comparativa a partir da mídia verbal sonora e da mídia verbal escrita, foi possível averiguar que o livro Mulher Maravilha (2021) não representa uma alternativa ao audiolivro, ou seja, uma transcrição do que é lido em voz alta, mas sim um outro produto de mídia, expandido, complementado, corrigido e, finalmente, publicado.

Biografie autore

Jaimeson Machado Garcia, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC

Graduado em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pelo Centro Universitário Franciscano (2013, UNIFRA, Santa Maria - RS) e em Comunicação Social - Produção Editorial pela Universidade Federal de Santa Maria (2014, UFSM, Santa Maria - RS). Mestre pelo do Programa de Pós-graduação em Letras com bolsa do Programa BIPSS - Bolsas Institucionais para Programas de Pós-Graduação da Universidade de Santa Cruz do Sul (Edital 01/2019, UNISC, Santa Cruz do Sul - RS) e doutorando também pelo do Programa de Pós-graduação em Letras (UNISC, Santa Cruz do Sul - RS) com bolsa PROSUC/CAPES - Modalidade II.

Cristiane Lindemann, Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC

Docente no Departamento de Gestão de Negócios e Comunicação e no Programa de Pós-Graduação em Letras (PPGL) da Universidade de Santa Cruz dul Sul (Unisc); coordenadora da Agência Experimental A4, na mesma instituição; pesquisadora no Laboratório de Edição, Cultura e Design (LEAD), grupo de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Informação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), registrado no CNPq e vinculado à linha de pesquisa Jornalismo e Processos Editoriais. Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS (2014) e mestre pelo mesmo programa (2008), graduada em Comunicação Social/Jornalismo pela Unisc (2005). Realizou doutorado-sanduíche na Universidade Fernando Pessoa (UFP), em Porto, Portugal, sob orientação do professor dr. Jorge Pedro Sousa, com bolsa concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). É cadastrada junto ao sistema e-MEC como de avaliadora de curso (reconhecimento). Tem experiência em TV, assessoria de imprensa, revista e jornal impresso. Temas de interesse para pesquisa: jornalismo digital, inovação no jornalismo, literacia digital e convergência midiática.

Pubblicato

2023-08-31