Transmidialidade e reescrita criativa em Algo antigo, de Arnaldo Antunes
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2023.74517Resumo
Este artigo objetiva analisar a obra Algo antigo, de Arnaldo Antunes, focalizando especificamente a transmidialidade e a expansão da literatura nas mídias digitais. Para isso, serão avaliados dois formatos distintos: o livro impresso, lançado em 2021; e os vídeos on-line publicados pelo próprio artista, em 2022, no YouTube. Como pressupostos teóricos, foram utilizados principalmente os estudos de Henry Jenkins, Lars Elleström, Giselle Beiguelman e Roxane Rojo. Considerando a reconfiguração do livro físico e a preponderância do computador e da Internet nos dias atuais, os resultados obtidos neste estudo demonstram que a transmidialidade privilegia os aspectos múltiplo, híbrido e interativo, em conformidade com os conceitos de hipermídia, multimodalidade e transletramento. Diante disso, foi possível constatar que o processo transmidiático gera um ciclo de reciprocidade, protagonizado pelas diferentes mídias envolvidas no projeto, sem, no entanto, restringir-se à mera repetição. Portanto, a obra precisa ser recriada, possibilitando alterações significativas no que diz repeito à autoria e à leitura, de modo a oferecer ao público novas perspectivas de forma e conteúdo.
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