O lugar da Instalação Literária na Literatura Brasileira Contemporânea

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2023.73944

Palavras-chave:

Literatura expandida. Instalação literária. Inespecificidade estética. Literatura fora de si. Práticas de intermidialidade.

Resumo

As práticas estéticas contemporâneas têm sido marcadas, com um aumento cada vez mais significativo, por aquilo que Florencia Garramuño denomina como “instabilidade” na configuração de suas respectivas produções. No âmbito literário, este aspecto instável advém de fatores como a expansão da literatura e seus respectivos deslocamentos poéticos, estimulados pela convivência destes textos com arquivos de toda sorte, tais como fotografias, apropriação e colagem de elementos de outras obras, além de manipulações gráficas e tipográficas em suas construções discursivas. Este processo crescente de fixação de imagens e outras formas de visualidade na página impressa cedem lugar para pensarmos sobre o conceito de instalação, comumente utilizado no campo das Artes Visuais, nas obras literárias, bem como refletirmos sobre o papel do escritor diante dessas manipulações intermidiáticas para a composição de suas respectivas proposições artísticas. Partindo desta perspectiva interartística, este artigo busca mapear, a partir das obras de Luiz Ruffato, Verônica Stigger e André Vallias, as condições de emergência da expansão literária no âmbito da literatura contemporânea brasileira.

Biografia do Autor

Carolina Barbosa Lima e Santos, Universidade de São Paulo

Desenvolve, atualmente, um Estágio de Pós-Doutoramento, no Programa de Pós-Graduação em Literatura Brasileira do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas do da Universidade de São Paulo, e pesquisa a configuração da "instalação literária" na poética de Luiz Ruffato. É Doutora em Estudos Literários (UFMS), Mestre em Estudos de Linguagens (UFMS) e Licenciada em Letras (UFMS). Em sua dissertação, propôs um estudo sobre a poética de António Lobo Antunes e, em sua tese, dedicou-se à análise da poética de Luiz Ruffato. Trabalhou, em 2019 e em 2020, como Professora Temporária de Literatura da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e, desde 2021, desenvolve a mesma função na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Na pesquisa, atua nas seguintes áreas: Teoria da Literatura, Literatura Brasileira e Literatura Comparada.

Paulo Eduardo Benites de Moraes, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professor do Magistério Superior da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Rondônia . Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários/UNIR (2021-2023). Doutor em Letras/Estudos Literários e Mestre em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Licenciado em Letras Língua Portuguesa/Língua Inglesa e suas respectivas literaturas pela Universidade Católica Dom Bosco. Realizou estágio de Pós-Doutorado na Universidade Católica Dom Bosco (2019-2020), sob a supervisão do Professor Dr. Josemar de Campos Maciel, com pesquisa na área de Literatura e Filosofia. Desenvolve pesquisas na área de Teoria Literária e Estudos Comparados atuando principalmente nos seguintes temas: poéticas modernas e contemporâneas; literatura e imagem; literatura, outras artes e mídias. É líder do Grupo de Pesquisa em Poéticas Moderna e Contemporânea (UNIR/CNPq). Pesquisador vinculado ao Laboratório de Humanidades (Labuh/CNPq) da Universidade Católica Dom Bosco. Pesquisador vinculado ao Grupo de pesquisa Literatura e cinema no Brasil contemporâneo, coordenado pelo Prof. Dr. Jaime Ginzburg (USP). Membro do GT Intermidialidade: Literatura, artes e mídias da Anpoll.

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Publicado

2023-08-31