Memória e atualização na adaptação de Gabriela, cravo e canela
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2023.73786Palavras-chave:
Adaptação. Memória. Jorge Amado. Gabriela. Telenovela.Resumo
O reaproveitamento de textos anteriores tornou-se um padrão criativo na produção midiática contemporânea. Essa prática envolve intertextualidade, mudança de contexto de realização e, muitas vezes, de mídia, à qual se associa reconfiguração dos procedimentos de feitura e recepção. Neste artigo se analisa a relação entre atualização e memória cultural na transposição do romance Gabriela, cravo e canela (1958), de Jorge Amado, para as telenovelas Gabriela realizadas pela Rede Globo (1975, 2012). Na retomada do romance pelos audiovisuais, verifica-se como as obras derivadas conciliam em si as reminiscências e as vivências sociais com as lógicas de produção atuais, em formato industrial. Verificou-se o redirecionamento dos textos derivados, com a ampliação dos vínculos intertextuais, a atualização de aspectos da trama e dos personagens, e alteração do tratamento estético, adequando-os às convenções do gênero televisivo e a sua imagem de público. Nas adaptações, a vida privada e as relações amorosas tornam-se o foco principal, ao passo que a contextualização histórica do relato passa a segundo plano e as questões políticas são arrefecidas, embora continuem presentes no enredo.Downloads
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