Poéticas de desassossegos e encontros de Gloria Sofia e Vera Duarte

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2021.59918

Palavras-chave:

Poéticas Insulares, Isolamentos, (Des) Encontros, Sentir/Viver diaspóricos

Resumo

Ancoradas por ideais e tradições da literatura da segunda metade do século XX de seu país, autoras cabo-verdianas contemporâneas se dedicam à escrita literária imersas em insularidades e em movimentos concomitantes de partidas, retornos e entrelaçamentos. Assim, cientes do passado, das condições de vida de seu país, mas também de belezas naturais, cultura e vivências humanas, elas escrevem, levando consideração repertórios culturais do seu arquipélago, com as suas diversidades, sentidos e sentimentos, “tempos”, complexidades e ambivalências. É relevante compreender que as suas tessituras se tornam importantes por entender as suas assinaturas poéticas como exercícios de diluição de distanciamentos e de enredamentos de experiências humanas e literárias. Este texto tem como objetivo tecer leituras interpretativas sobre separação e encontros, perpassados pelos sentir/viver diaspóricos e exilados, em versos de Glória Sofia e Vera Duarte, apoiadas em estudos de GOMES (2010; 2013; 2019), HALL (2013), MARTINS (2019), NGOENHA et. ali (2020), SAID (2003), SANTOS (2015), SECCO (1997). Espera-se que as considerações apresentadas sinalizem algumas cenas e vozes poéticas que salientem o estar distante, saudoso(a) e sozinho(a), decorrentes de partidas e “isolamento físico”, e o buscar travessias e pontes de sociabilidade, mediante os distanciamentos social e afetivo em dobras literárias das autoras em destaque.

Biografia do Autor

Ana Rita Santiago, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Ancoradas por ideais e tradições da literatura da segunda metade do século XX de seu país, autoras cabo-verdianas contemporâneas se dedicam à escrita literária imersas em insularidades e em movimentos concomitantes de partidas, retornos e entrelaçamentos. Assim, cientes do passado, das condições de vida de seu país, mas também de belezas naturais, cultura e vivências humanas, elas escrevem, levando consideração repertórios culturais do seu arquipélago, com as suas diversidades, sentidos e sentimentos, “tempos”, complexidades e ambivalências. É relevante compreender que as suas tessituras se tornam importantes por entender as suas assinaturas poéticas como exercícios de diluição de distanciamentos e de enredamentos de experiências humanas e literárias. Este texto tem como objetivo tecer leituras interpretativas sobre separação e encontros, perpassados pelos sentir/viver diaspóricos e exilados, em versos de Glória Sofia e Vera Duarte, apoiadas em estudos de GOMES (2010; 2013; 2019), HALL (2013), MARTINS (2019), NGOENHA et. ali (2020), SAID (2003), SANTOS (2015), SECCO (1997). Espera-se que as considerações apresentadas sinalizem algumas cenas e vozes poéticas que salientem o estar distante, saudoso(a) e sozinho(a), decorrentes de partidas e “isolamento físico”, e o buscar travessias e pontes de sociabilidade, mediante os distanciamentos social e afetivo em dobras literárias das autoras em destaque.

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Publicado

2021-12-31

Edição

Seção

Dossiê Sentir-se/estar apartado, estabelecer elos: tendências insulares na literatura de Cabo Verde