POLÍTICAS CURRICULARES NEOCONSERVADORAS E FABRICAÇÃO DO PÂNICO MORAL: A IMPOSSIBILIDADE DA DIFERENÇA POSSÍVEL
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2024.81527Palabras clave:
políticas curriculares, neoconservadorismo, neoliberalismo, pânico moral, diferençaResumen
O campo das políticas educacionais tem deflagrado disputas entre demandas de setores neoconservadores aliados aos neoliberais e de outros segmentos sociais que se contrapõem aos interesses majoritários. O objetivo desse ensaio é intensificar o debate acerca das políticas curriculares produzidas nesse cenário, problematizando o pânico moral como fabricação de certa normalidade calcada em valores tradicionais da pátria, família e religião cristã. A discussão feita segue uma perspectiva teórico-epistemológica e ontológica plural, com vistas não só a descrição da problemática em foco, mas, sobretudo, voltada a analisar a construção e desconstrução da genealogia que constitui o pânico moral enquanto regime de verdade. Trata-se de um plano político revestido do poder-saber que estabelece a alteridade como perigo e coloca em funcionamento tecnologias de governo e dispositivos normativos das condutas docentes, dos currículos e da produção de conhecimentos científicos. Desse modo, o pânico moral serve para justificar e manter a ordem política e social forjada com a aliança de neoconservadores e neoliberais. Trata-se de um “real fabricado” que acaba por fomentar desconfianças, rivalidades e perseguições às manifestações corpóreas ou incorpóreas identificadas como dissonantes e anormais. Porém, esse plano se torna a própria impossibilidade ao levar-se em conta que a diferença que suscita é uma fabricação forjada para exclusão de diferentes. Mesmo com a imposição de dispositivos normativos de vigilância e controle moral, as diferenças acontecem como possibilidades, dentro e fora das escolas, das universidades e até nos currículos.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Dulce Mari da Silva Voss, Eliada Mayara Alves Krakhecke

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Los autores conservan los derechos de autor de su trabajo, pueden publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar la impacto y citación del trabajo publicado.
La aceptación del texto implica la autorización y exclusividad de la Revista Interinstitucional Artes de Educar en cuanto al derecho de primera publicación, las obras publicadas son licenciadas simultáneamente con una Licencia Creative Commons Atribución-No Comercial 4.0 Internacional