A PEDAGOGIA DO VÍRUS: COTIDIANOS E EDUCAÇÕES NÃO PRESENCIAIS
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2020.52263Palabras clave:
Educação a distância, Educação online, ensino remoto, novo coronavírus.Resumen
Neste ensaio, tecido em parceria por praticantes das pesquisas “nos/dos/com os cotidianos escolares”, partimos de uma ideia anunciada por Boaventura de Sousa Santos, para quem o vírus é um pedagogo que está tentando nos dizer alguma coisa. A título de recorte, iremos pensar as implicações dessa pedagogia do vírus para o campo da educação, focando nas ações institucionais, políticas e mercadológicas que buscam instituir formas diversas de ensino não presencial, cujas denominações variam em cada cenário, para realizar um objetivo que virou uma espécie de mantra: “a educação não pode parar”. Para tanto, nosso lócus de observação serão algumas iniciativas de ensino remoto experimentadas no âmbito da Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc).
Citas
ALVES, Nilda. A formação da professora e o uso de multimeios como direito. In: FILÉ, Valter. Batuques, fragmentos e fluxos: zapeando pela linguagem audiovisual no cotidiano escolar. Rio de Janeiro: DP&A, 2000, pp. 25-40.
____________. Nilda Alves: praticantepensante de cotidianos/ organização e introdução Alexandra Garcia, Inês Barbosa de Oliveira; textos selecionados de Nilda Alves. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.
BÁRBARA, Isabel Scrivano; CUNHA, Fabiana Lopes da; BICALHO, Pedro Paulo Gastalho de. “Escola sem Partido: visibilizando racionalidades, analisando governamentalidades. In: FRIGOTTO, Gaudêncio (ORG.). Escola “sem” Partido. Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017, p. 105-120.
BOURDIEU, Pierre. Sur la télévision. Liber: Paris, 1996.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Artigo 205. Disponível em: <https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art_205_.asp>. Acesso em 27/06/2020.
BUTLER, Judith. “Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo”. In: LOURO, Guacira (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Autêntica: Belo Horizonte, 2000.
_________. Vida precária. Contemporânea – Revista de Sociologia da UFSCar. São Carlos, Departamento e Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, 2011, n.1, p. 13-33.
CERTEAU, Michel de. A Invenção do Cotidiano:1. Artes de Fazer. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994.
DELEUZE, Gilles. Entrevista concedida por Deleuze à Claire Parnet, em 1986. Disponível em: https://youtu.be/-ln2A0fkA78. Acesso em 16-11-17.
________; PARNET, Claire. Diálogos. Trad. Eloisa Araújo Ribeiro. São Paulo: Escuta, 1998.
ELIAS, Norbert; SCOTSON, John L. Os estabelecidos e os outsiders: sociologia das relações de poder a partir de uma pequena comunidade. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
FRIGOTTO, Gaudêncio. A gênese das teses do Escola sem Partido: esfinge e ovo de serpente que ameaçam a sociedade e a educação. In: FRIGOTTO, Gaudêncio (ORG.). Escola “sem” Partido. Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira. Rio de Janeiro: UERJ, LPP, 2017, p. 17-34.
HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Petrópolis: Vozes, 2017.
MARX, Karl. Manuscritos econômicos-filosóficos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004.
NOLASCO-SILVA. Leonardo. Tecnodocências: a sala de aula e invenção de mundos. Devires: Salvador, 2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A Universidade no Séc. XXI: Para uma Reforma Democrática e Emancipatória da Universidade. São Paulo: Cortez Editora, 2005.
________. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2006.
SANTOS, Edméa. EAD, palavra proibida. Educação online, pouca gente sabe o que é. Ensino remoto, o que temos para hoje. Mas qual é mesmo a diferença? #livesdejunho... In: Revista Docência e Cibercultura. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/redoc/announcement/view/1119?fbclid=IwAR2gtqIvoPWSE61dBwvPJp0CHh6VREaxebz8bioaYLa3lOqA9br6EW1kFTA. Acesso: 27/06/2020.
______. A Cibercultura e a educação em tempos de mobilidade e redes sociais: conversando com os cotidianos, In: FONTOURA, Helena Amaral as; SILVA, Marco (Orgs). Práticas Pedagógicas, Linguagem e Mídias: desafios à Pós-Graduação em Educação em suas múltiplas dimensões. Rio de Janeiro: ANPED Nacional, 2011, p.75-98. Disponível em http://www.fe.ufrj.br/anpedinha2011/ebook1.pdf . Acesso: 25/06/2014.
SENNETT, R. O artífice.3. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009.
SIBILIA, Paula. O show do eu: a intimidade como espetáculo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Los autores conservan los derechos de autor de su trabajo, pueden publicar y distribuir su trabajo en línea (por ejemplo, en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que esto puede generar cambios productivos, así como aumentar la impacto y citación del trabajo publicado.
La aceptación del texto implica la autorización y exclusividad de la Revista Interinstitucional Artes de Educar en cuanto al derecho de primera publicación, las obras publicadas son licenciadas simultáneamente con una Licencia Creative Commons Atribución-No Comercial 4.0 Internacional