A mulher negra e a busca por pela intelectualidade: derrubando barreiras e construindo caminhos
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2015.14262Palabras clave:
mulher negra, intelectuaisResumen
Esse texto é um pequeno fragmento do texto de minha dissertação intitulada “Mulheres negras intelectuais da periferia” defendia de março de 2014. Onde realizo uma discussão sobre as trajetórias acadêmicas de algumas mulheres que nasceram e vivem na baixada fluminense. Para essa conversa elegi apenas uma das três histórias que ouvi, entretanto em alguns momentos as falas de outras mulheres que encontrei surgiram no decorrer do texto. A história de Joice, uma professora da rede municipal de um município da Baixada Fluminense é apenas uma das muitas histórias de empoderamentos, espalhadas pelo mundo, entretanto os nossos caminhos se cruzaram e foi a parti do encontro com Joice e com as outras mulheres que me impulsionaram a escrever e contar histórias de mulheres negras intelectuais.
Citas
Eu ajo com toda a minha vida, e cada ato singular e cada experiência que vivo são um momento do meu viver-agir. Tal pensamento, enquanto ato, forma um todo integral: tanto o seu conteúdo-sentido quanto o fato de sua presença em minha consciência real de um ser humano singular, precisamente determinado e em condições determinadas – ou seja, toda a historicidade concreta de sua realização –; este dois momentos, portanto, seja do sentido, seja do histórico-individual (factual), são dois momentos unitários e inseparáveis na valoração deste pensamento como meu ato responsável (BAKHTIN, 2010, p. 44).
Muitas mulheres negras sentem que, em suas vidas, existe pouco ou nenhum amor. Essa é uma de nossas verdades privadas, que raramente é discutida em publico. Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso. (HOOKS).
Da parte mais negra de minha alma, através da zona de meias-tintas, me vem este desejo repentino de ser branco. Não quero ser reconhecido como negro, e sim como branco. Ora — e nisto há um reconhecimento que Hegel não descreveu — quem pode proporcioná-lo, senão a branca? Amando-me ela me prova que sou digno de um amor branco. Sou amado como um branco. Sou um branco. Seu amor abre-me o ilustre corredor que conduz à plenitude... Esposo a cultura branca, a beleza branca, a brancura branca. Nestes seios brancos que minhas mãos onipresentes acariciam, é da civilização branca, da dignidade branca que me aproprio. (FANON, 2008, p. 69)
A beleza pode ser, então, entendida como uma categoria estética e construção social, como uma maneira de nos relacionarmos com o mundo. Ela não tem a ver com formas, medidas, proporções, tonalidade, arranjos pretensamente ideais que definem algo como belo. Sendo assim, beleza não se refere às qualidades dos objetos mensuráveis, quantificáveis e normatizáveis. Ela diz respeito à forma como nos relacionamos com eles, por isso ela é a relação entre sujeito e objeto. (GOMES, 2008, p. 281)
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