CELEBRANDO A NORMATIZAÇÃO DA VIDA: (RE)PENSANDO OS CORPOS INFANTIS ARBITRARIAMENTE GENERIFICADOS EM VÍDEOS DE “CHÁS DE REVELAÇÃO” DO YOUTUBE
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2020.46467Keywords:
YouTube, normas regulatórias de gênero, criança, educação.Abstract
Fruto de pesquisa de pós-doutorado em educação em andamento, o texto é focado em refletir sobre o enquadramento dos corpos infantis em categorias estáticas, hierarquizantes e binárias expressos em vídeos de “chás de revelação” publicizados no YouTube. Para isso, operamos de forma teórica e metodológica através da abordagem cartográfica e adotamos o YouTube como lócus de pesquisa, rede social que já se constitui como parte do cenário sócio-técnico contemporâneo. As narrativas presentes nos “chás de revelação” trouxeram alguns apontamentos reflexivos preliminares, incluindo a necessidade de problematizarmos as tradições culturais que reforçam a compreensão estereotipada do gênero desde os primeiros anos da criança.
References
ADICHIE, C. N. Para educar crianças feministas: um manifesto. Tradução de Denise Bottmann. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
BELLO, A. T.; FELIPE, J. Delineando masculinidades desde a infância. Revista Instrumento, Juiz de Fora, v. 12, n. 2, jul./dez. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2L4XBRJ>. Acesso em: 8 dez. 2018.
BENTO, B. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, n. 2, p. 549-559, maio/ago. 2011. Disponível em: <https://bit.ly/1VWhF9m>. Acesso em: 29 out. 2018.
BUTLER, J. Alianças queer e política anti-guerra. Bagoas – Estudos Gays: gênero e sexualidades, Natal, v. 11, n. 16, p. 29-49, 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2Ni4w9G>. Acesso em: 20 set. 2018.
CARVALHO; F. S. P.; POCAHY, F.; SANTOS, E. Por uma formação não fascista: experimentações docentes na cibercultura. Revista Educativa, Goiânia, v. 20, n. 3, p. 752-768, set./dez. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2zOuk9t>. Acesso em: 7 dez. 2018.
CARVALHO; F. S. P.; ROSENO, R.; POCAHY, F. Vamos bater um bolo? Aquendações em rede nas tramas do envelhecimento. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADES – SEXUALIDADES E RELAÇÕES DE GÊNERO: PRODUÇÃO E GESTÃO DO CONHECIMENTO, 5., 2017, Salvador. Anais... Salvador: Realize Eventos, 2017, 10p.
COUTO JUNIOR, D. R. Cibercultura, juventude e alteridade: aprendendo- ensinando com o outro no Facebook. Jundiaí: Paco Editorial, 2013.
COUTO JUNIOR, D. R.; BRITO, L. T. “Vocês conhecem algumx ‘heterossexual flexível’?”: masculinidades performativas em debate. Educação Temática Digital, Campinas, v. 20, n. 1, p. 81-97, jan./mar. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2D0q3SY>. Acesso em: 7 dez. 2018.
COUTO JUNIOR, D. R.; OSWALD, M. L. M. B. Cibercultura, juventudes e heteronormatividade: ativismo e resistência no Facebook. Revista Debates, Porto Alegre, v. 11, n. 2, p. 153-174, maio/ago. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2L6z3Ig>. Acesso em: 7 dez. 2018.
COUTO JUNIOR, D. R.; POCAHY, F. Dissidências epistemológicas à brasileira: uma cartografia das teorizações queer na pesquisa em educação. Inter-Ação, Goiânia, v. 42, n. 3, p. 608-631, set./dez. 2017. Disponível em: <https://bit.ly/2AsI62q>. Acesso em: 26 out. 2018.
FELIPE, J. Gênero, sexualidade e a produção de pesquisas no campo da educação: possibilidades, limites e a formulação de políticas públicas. Pro-Posições, Campinas, v. 18, n. 2, p. 77-87, maio/ago. 2007. Disponível em: <https://bit.ly/2N3iX2Z>. Acesso em: 12 fev. 2019.
FERREIRA, H. M. C. Dinâmicas de uma juventude conectada: a mediação dos dispositivos móveis nos processos de aprender-ensinar. 2014. 272f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
FERREIRA, H. M. C; COUTO JUNIOR, D. R. Juventudes, educação e cidade: a mediação dos dispositivos móveis de comunicação nos processos de aprender-ensinar. Textura, Canoas, v. 20, n. 44, p. 108-129, set/dez. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2PSO3ue>. Acesso em: 6 dez. 2018.
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução de Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque. São Paulo: Paz e Terra, 2014.
GARCIA, R. M.; BRITO, L. T. Performatizações queer na educação física escolar. Movimento, Porto Alegre, v. 24, n. 4, p. 1321-1334, out./dez. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2HQ9ahR>. Acesso em: 11 fev. 2019.
GUIZZO, B. S.; BECK, D. Q. Corpos depreciados: representações de gênero e geração na infância. Quaestio, Sorocaba, v. 16, n. 2, p. 297-313, nov. 2014. Disponível em: <https://bit.ly/2zN0qTz>. Acesso em: 7 mar. 2018.
JOBIM E SOUZA, S.; ALBUQUERQUE, E. D. P. A pesquisa em ciências humanas: uma leitura bakhtiniana. Bakhtiniana, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 109-122, jul./dez. 2012. Disponível em: <https://bit.ly/2qu49A5>. Acesso em: 15 set. 2015.
LOURO, G. L. Foucault e os estudos queer. In: RAGO, M.; VEIGA-NETO, A. (Orgs.). Para uma vida não-fascista. Belo Horizonte: Autêntica, 2009, p. 135-143.
MACEDO, N. M. R. “Você tem face?” Sobre crianças e redes sociais online. 2014. 296f. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
MEYER, D. E. Abordagens pós-estruturalistas de pesquisa na interface educação, saúde e gênero: perspectiva metodológica. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (Orgs.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2. Ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014, p. 49-63.
MISKOLCI, R. Corpos elétricos: do assujeitamento à estética da existência. Estudos Feministas, Florianópolis, v. 14, n. 3, p. 681-693, set./dez. 2006. Disponível em: <https://bit.ly/2jhyRZH>. Acesso em: 7 mar. 2019.
PARAÍSO, M. A. Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação e currículo: trajetórias, pressupostos, procedimentos e estratégicas analíticas. In: MEYER, D. E.; PARAÍSO, M. A. (Orgs.). Metodologias de pesquisas pós-críticas em educação. 2. Ed. Belo Horizonte: Mazza Edições, 2014, p. 25-47.
PEIXOTO, V. B. Violência contra LGBTs: premissas histórias da violação no Brasil. Periódicus, Salvador, v. 1, n. 10, p. 7-23, nov. 2017/abr. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2DKmX4a>. Acesso em: 17 fev. 2019.
PRADO FILHO, K.; TETI, M. M. A cartografia como método para as ciências humanas e sociais. Barbarói, Santa Cruz, n. 38, p. 45-59, jan./jun. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/2QtXyVC>. Acesso em: 13 dez. 2018.
PRECIADO, P. B. Manifesto contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual. Tradução de Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: n-1 Edições, 2014.
RICHTER, S. R. S.; BARBOSA, M. C. S. Os bebês interrogam o currículo: as múltiplas linguagens na creche. Educação, Santa Maria, v. 35, n. 1, p. 85-96, jan./abr. 2010. Disponível em: <https://bit.ly/2DOAMzT>. Acesso em: 11 fev. 2019.
SALGADO, R. G.; MARTINS-GARCIA, P. F. Em nome dos cuidados, da proteção e da educação: infância, corpo, gênero e sexualidade como discursos entre professoras da Educação Infantil. Revista Zero-a-seis, Florianópolis, v. 20, n. 37, p. 112-124, jan./jun. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2GlnbTc>. Acesso em: 11 fev. 2019.
SANTOS, E.; CARVALHO, F. S. P. Autorias partilhadas na interface cidade-redes digitais. Interfaces Científicas – Educação, Aracaju, v. 6, n. 3, p. 29-40, jun. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2MQHAOF>. Acesso em: 20 jul. 2018.
SANTOS, E.; WEBER, A. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua no currículo da disciplina didática. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 13, n. 38, p. 285-302, jan./abr. 2013. Disponível em: <https://bit.ly/2MQrvZt>. Acesso em: 20 set. 2018.
SILVA JUNIOR, P. M.; CAETANO, M.; GOULART, T. E. S. “Ele queria ser a Cinderela”: construções queer à leitura das masculinidades no Ensino Fundamental. Periódicus, Salvador, v. 1, n. 9, p. 87-104, maio/out. 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2G5adsq>. Acesso em: 11 fev. 2019.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Authors retain copyright to their work, are permitted to publish and distribute their work online (e.g., in institutional repositories or on their personal page) at any point before or during the editorial process, as this may generate productive changes, as well as increasing the impact and citation of published work.
The acceptance of the text implies the authorization and exclusivity of the Revista Interinstitucional Artes de Educar regarding the right of first publication, the published works are simultaneously licensed with a Creative Commons Attribution-Non Commercial 4.0 International License