A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NÃO É INTELIGENTE NEM ARTIFICIAL: A CRÍTICA DE NICOLELIS E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA PARA DESVELAR A NATUREZA DESSA TECNOLOGIA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/riae.2024.86194

Resumo

Este ensaio explora as reflexões do neurocientista Miguel Nicolelis sobre a inteligência artificial (IA), aprofundando sua crítica à concepção tradicional dessa tecnologia. De abordagem qualitativa e análise bibliográfica, o estudo investiga a natureza da IA, discutindo aspectos sobre sua nomenclatura e desmistificando alguns de seus mitos. Discutimos também a alfabetização científica e tecnológica (ACT) como meio para desvelar a natureza da IA. Conclui-se que a crítica de Nicolelis a essa tecnologia se deve ao fato de que a IA não possui verdadeira inteligência, visto que esta é uma propriedade dos organismos. Tampouco pode ser considerada completamente artificial, dada sua dependência da criatividade e do intelecto humano. Reconhecemos, ainda, a importância de entender as limitações da IA para evitar expectativas irrealistas, como a ideia de autonomia e possibilidade de superar os humanos em todas as suas capacidades. Isso pode ser alcançado por meio da ACT, que pode capacitar os cidadãos e cidadãs a compreenderem a verdadeira natureza da IA e suas limitações, não se deixando seduzir pelos discursos ilusórios e excessivamente otimistas acerca dessa tecnologia.

Biografia do Autor

Roni França Silva, Instituto Federal de Goiás

Graduado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal Goiano (2017), possui especializações em Docência no Ensino de Ciências Biológicas pela FCV (2018) e em Ciências da Natureza, Suas Tecnologias e o Mundo do Trabalho pela UFPI (2022). Atualmente, é professor efetivo na Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (SEDUC-MT), lecionando Ciências da Natureza nos anos finais do Ensino Fundamental, e mestrando em Educação para Ciências e Matemática no Instituto Federal de Goiás, com pesquisa na área de formação docente. Em 2024, no V Encontro de Licenciaturas e Pesquisa em Educação (V ELPED), conquistou o 1 lugar no prêmio Professores Diamante da Educação, na categoria Educação de Jovens e Adultos, com o trabalho "Uma prática para a Alfabetização Científica e Tecnológica de estudantes em privação de liberdade: as Tecnologias, os crimes virtuais, o discurso de ódio e a cultura do cancelamento em evidência".

Rosenilde Nogueira Paniago, Instituto Federal Goiano

Pós-Doutora e Doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Minho, Braga, Portugal (UMinho) com revalidação pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Mestra em Educação pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Especialista em Formação de Orientadores Acadêmicos para EaD e em Metodologia do Ensino de Matemática. Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia. Graduada em Licenciatura Plena em Matemática. Bacharela em Direito. Advogada pro bono área cível. Atualmente é Professora Efetiva do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Rio Verde (IF Goiano) e Professora Colaboradora no Programa de Pós-Graduação em Educação para Ciências e Matemática (PPGECM) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás - Campus Jataí (IFG). É Coordenadora Institucional do Residência Pedagógica e atuou na Coordenação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Líder do Grupo de Pesquisa em EducAção do IF Goiano - Campus Rio Verde e Integrante do Grupo de Pesquisa em Investigação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). Tem experiência na área de Ciências da Educação, com ênfase em Formação de Professores, Desenvolvimento Profissional, Identidade, Saberes e Práticas Educativas, Ensino de Ciências Educação Profissional e Tecnológica.

Downloads

Publicado

10-02-2025

Como Citar

FRANÇA SILVA, Roni; NOGUEIRA PANIAGO, Rosenilde. A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NÃO É INTELIGENTE NEM ARTIFICIAL: A CRÍTICA DE NICOLELIS E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA PARA DESVELAR A NATUREZA DESSA TECNOLOGIA. Revista Interinstitucional Artes de Educar, [S. l.], v. 11, n. 1, p. 411–425, 2025. DOI: 10.12957/riae.2024.86194. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/riae/article/view/86194. Acesso em: 1 maio. 2025.

Edição

Seção

DOSSIÊ: A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E EDUCAÇÃO: DEBATES CRÍTICOS E BOAS PRÁTICAS NA ESCOLA BÁSICA E NA EDUCAÇÃO SUPERIOR