A ESCRITA CARTOGRÁFICA E A DIMENSÃO COLETIVA DA EXPERIÊNCIA
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2023.80661Resumo
O estudo dá continuidade à discussão do problema da escrita nas pesquisas que utilizam o método da cartografia em teses, dissertações e artigos. O ponto de partida é a definição da cartografia como princípio metodológico do rizoma (DELEUZE; GUATTARI,1995) e as pistas propostas por Passos, Kastrup e Escóssia (2009) e por Passos, Kastrup e Tedesco (2014). O objetivo é analisar as dificuldades e estratégias de aprendizado da escrita cartográfica nos espaços de formação, destacando a dimensão coletiva da experiência da pesquisa. Destaca que a grande diretriz da política de escrita cartográfica é evitar a política de escrita representacional, baseada em informações supostamente objetivas e neutras. O estudo analisa também a experiência de uma oficina de escrita realizada na pandemia e destaca a potência de ecossistemas menos hierarquizados e mais favoráveis à escuta atenta, à partilha de afetos e ao cuidado. Procura demonstrar que a escrita cartográfica é baseada numa política cognitiva inventiva e possui uma dimensão coletiva, mesmo quando se faz a partir da experiência que é narrada em primeira pessoa do singular. Conclui que escrever com os afetos requer estratégias de desconstrução da política de escrita representacional e a experimentação de estratégias de escrita inventiva e coletiva, com vistas à produção de efeitos de contágio e de intervenção.
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