DISPUTA E CONFLITO PELA IMPLEMENTAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO DIFERENCIADA NA COMUNIDADE REMANESCENTE DE QUILOMBO DE SANTA RITA DO BRACUI
DOI:
https://doi.org/10.12957/riae.2022.66425Palavras-chave:
Educação quilombola, territorialização, Santa Rita do Bracui, resistência.Resumo
Este artigo tem como objetivo demonstrar a importância da educação como elemento instituinte de processos de territorialização/pertencimento de comunidades quilombolas. Para isso, utilizaremos como estudo de caso os processos de disputa em torno da educação quilombola implementada na Escola Municipal Aurea Pires, localizada no bairro do Bracuí, em Angra dos Reis. Destaca-se que essa proposta parte de dois distintos momentos de pesquisa: a primeira de uma inquietação provocada por visitas a escola como parte do trabalho de campo da disciplina de Estágio Supervisionado IV no curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro em 2014, e posteriormente quando a mesma escola aparece como foco de tensão e disputa em tese que abordava os processos de resistência da comunidade quilombola de Santa Rita do Bracuí, realizada entre 2015-2018. Dessa forma, como metodologia foram feitos trabalhos de campo, entrevistas e cartografia participativa com os quilombolas durante o período de 2014-2019. Os resultados desse estudo demonstram que a escola é hoje um dos principais focos de estratégias de resistência da comunidade, à medida que a escola se tornou quilombola desde o censo de 2015, e está nos últimos anos buscando construir um projeto político pedagógico que atenda a comunidade.
Referências
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