Avanços teóricos no Desenho Universal para Aprendizagem:

rumo às práticas pedagógicas inclusivas

Resumo

As práticas pedagógicas inclusivas têm se consolidado como um elemento fundamental para a equidade, promovendo ambientes educacionais acessíveis e responsivos à diversidade e variabilidade dos estudantes. A atualização das Diretrizes do Desenho Universal para Aprendizagem (DUA) na versão UDL Guidelines 3.0 (original em inglês), passando pelas atualizações anteriores (2.1 e 2.2), reflete a necessidade de aprimorar esses princípios, incorporando novas perspectivas que abordam a interseccionalidade, a identidade dos estudantes e a superação de barreiras institucionais e pedagógicas. Este artigo parte da seguinte questão: em que termos as atualizações dos princípios do DUA podem contribuir para aperfeiçoar o processo de construção das práticas pedagógicas inclusivas? O estudo tem como objetivo analisar as mudanças promovidas pelo UDL Guidelines 3.0, comparando suas diretrizes com as duas últimas versões, 2.1 e 2.2. Para isso, utilizou-se a metodologia de análise documental e de revisão de literatura, permitindo a compreensão dessas alterações na interface, com as demandas contemporâneas da educação inclusiva. Foram examinados documentos oficiais do Center for Applied Special Technology (CAST), bem como estudos acadêmicos que exploram a implementação do DUA no contexto educacional. Os resultados evidenciaram que o UDL Guidelines 3.0 amplia a concepção de ensino inclusivo ao enfatizar a valorização da identidade estudantil, a interdependência como estratégia de aprendizagem e a necessidade de práticas pedagógicas que desafiem exclusões estruturais. Conclui-se que a atualização das Diretrizes DUA representa um avanço significativo para a educação inclusiva, reforçando a importância de ambientes de ensino acessíveis e equitativos.