Para confluir é preciso parar de refluir:
poemando slam, confluindo vida
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.90397Palavras-chave:
poesia slam, fissuras, escola, afirmação de vida, micropolíticaResumo
O presente artigo trata de uma pesquisa de tese em andamento, cujo objetivo geral é cartografar os processos de subjetivação, em suas dimensões ética-estética-política-poética, a partir da inserção dos coletivos de poesia slam dentro de escolas da rede municipal de Porto Alegre. Tal cartografia, que se encontra em andamento, tem revelado pistas do quanto a poesia slam (re)instaura movimentos de pertencimento e construção de coletivos, convocando o interesse dos jovens através de suas temáticas que produzem encontros entre os participantes, muitas vezes, entrelaçando histórias de vidas e construção de identidades; e desencontros, abrindo fissuras em processos de subjetivação colonizadores, provocando questionamentos a discursos hegemônicos que invisibilizam e apagam modos de ser e estar na vida e no mundo. Assim, tenciona-se, neste artigo, dar visibilidade à poesia slam e seus efeitos de produção de confluências e refluências: confluências de corpos-vozes que tornam possível a construção de espaços coletivos de criação, revolução e afirmação de vida; refluências de discursos hegemônicos e totalizantes, apontando vias de fuga. Tal objetivo foi provocado pelas vivências e participação de uma das autoras em diferentes movimentos do slam (batalhas poéticas, competições, final gaúcha, oficinas em escolas), onde escutou inúmeras narrativas em que os poetas afirmavam que o slam mudou sua vida, que a poesia foi cura, que o contato com o movimento formou rede a partir de um processo de identificação por meio de vivências e histórias que, ao serem performadas como poesia, tornaram-se possibilidade.
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