“Se levar [celular], já era!”:
a ressignificação dos celulares na educação infantil
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.90368Palavras-chave:
brincar, cibercultura, celulares, educação infantil, etnografiaResumo
Este artigo analisa as narrativas infantis envolvendo o uso de celulares na Educação Infantil com base em uma pesquisa etnográfica conduzida com quinze crianças de quatro a seis anos em uma escola pública de Niterói/RJ, no ano de 2023. O estudo buscou compreender como as crianças atribuem significados a esses dispositivos em suas interações lúdicas. A análise fundamenta-se na perspectiva da cibercultura e da sociologia da infância, explorando como os celulares são incorporados ao brincar e como suas funções se transformam no imaginário infantil. Observamos que, para as crianças, o celular é um objeto lúdico que extrapola seu uso funcional e se torna um meio para a criatividade e a expressão social. Notamos que o celular não é apenas um dispositivo de entretenimento, mas também um meio de interação social e de aprendizagem, desafiando a visão tradicional de sua presença no ambiente escolar. O estudo dialoga com diretrizes educacionais recentes, incluindo a Lei nº 15.100/2025, que regulamenta o uso de dispositivos eletrônicos na educação básica. Os achados evidenciam a necessidade de repensar práticas didático-pedagógicas que reconheçam a presença dos celulares no cotidiano infantil, promovendo um uso crítico, criativo e reflexivo da tecnologia.
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