O ver/ouvir/sentir a partir do brincar com crianças terena no espaço urbano
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.90330Palavras-chave:
crianças terena, brincar, identidade, aldeia urbanaResumo
O artigo analisa dados etnográficos, com foco nas crianças Terena da aldeia indígena urbana Darcy Ribeiro, Campo Grande, MS. Discute o modo como essas crianças indígenas circulam e se movimentam no contexto urbano, recorrendo a metodologias que permitem ouvir o que elas têm a dizer sobre si e o mundo, por meio do brincar. Mobiliza a sensibilidade etnográfica como recurso para discorrer sobre o seu con-viver e conversar durante o brincar, o desenhar e o fotografar. O procedimento permitiu observar suas diferentes formas de comunicar, por meio verbal ou de expressões corporais, desenhos, risos e silêncios. O estudo dialoga com os estudos pós-estruturalistas e as etnografias produzidas por intelectuais indígenas, que permitem demonstrar que ser criança Terena foge à regra pretensamente universalista de infância. Desse modo, conhecer o ser criança para os Terena permite demonstrar que a atitude de categorizar as fases do desenvolvimento da pessoa varia nas distintas paisagens humanas, por se tratar de construção sociocultural. Para os Terena, a construção da pessoa e as suas distintas fases geracionais são orientadas por outra lógica, outros símbolos culturais e outras relações sociais. No caso das crianças Terena, isso resulta na produção de identidades étnico-culturais próprias, mesmo em meio ao contexto de aldeia urbana.
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