Escritas de vida, costura de sonhos:
interseccionalidade e subjetividades juvenis em diálogo com a sociologia
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.90290Palavras-chave:
subjetividades juvenis, interseccionalidade, arte e educação, Conceição Evaristo, Rosana PaulinoResumo
O artigo descreve o resultado da aplicação de um projeto de ensino desenvolvido com jovens estudantes do segundo ano do ensino médio em uma escola pública. As ações foram desenvolvidas ao longo de um ano e mobilizaram as obras de Rosana Paulino e Conceição Evaristo. Para além de um relato da experiência, objetivamos ressaltar como as poéticas das duas artistas brasileiras, alinhadas ao paradigma interseccional, foram capazes de construir novas práticas educacionais transgressoras, como também de exibir como a realidade atravessa, de formas múltiplas, diferentes configurações de juventudes. Para a exposição do argumento, primeiramente apresentamos as características gerais do projeto desenvolvido com os estudantes da escola; posteriormente, expomos as características gerais das obras das artistas, que trazem em suas formas de expressão a necessidade de enaltecer subjetividades, principalmente femininas, fraturadas pelo processo de escravidão e de racismo presentes na sociedade brasileira. Em seguida, destacamos os temas mobilizados pelos próprios estudantes a partir das atividades realizadas em sala de aula, a escrita da poesia e a confecção de fanzines. Concluímos que as novas epistemologias, principalmente aquelas que mobilizam a interseccionalidade como ferramenta analítica, possuem o potencial de transgredir paradigmas escolares pautados pela objetividade, pelo controle, abrindo espaço para trocas afetivas e expressão de subjetividades juvenis diversas.
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