Arqueogenealogia como ferramenta metodológica para pesquisas em currículo
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.84608Palavras-chave:
arqueogenealogia, currículo, educação, pós-estruturalismo, teorias pós-críticasResumo
A caixa de ferramentas arqueogenealógica foi desenvolvida por Michel Foucault e vem sendo utilizada com frequência em pesquisas no campo dos estudos curriculares. Diante disto, a pergunta a partir da qual este estudo se desenvolveu é: quais possibilidades a arqueogenealogia apresenta para as pesquisas em currículo? O objetivo é descrever a arqueogenealogia e suas possibilidades para o campo dos estudos curriculares de cariz pós-crítico. O estudo recorreu a autores e autoras de perspectiva epistemológica pós-estruturalista. A abordagem é qualitativa e a metodologia utilizada é pesquisa bibliográfica. Infere-se que a arqueogenealogia é composta pela conjugação da arqueologia e genealogia. A arqueologia interroga condições sócio-históricas de possibilidade de emergência de discursos e como puderam se tornar socialmente aceitos como verdade. A genealogia, por sua vez, investiga formas de funcionamento do poder. A junção das ferramentas possibilita ampliar as análises e investigar como determinados discursos emergem, são inseridos em dispositivos de poder e estrategicamente utilizados para produzir sujeitos. Considerando a perspectiva pós-crítica, na qual os currículos são discursos que visam produzir sujeitos, a potência da arqueogenealogia para as pesquisas em currículo reside no fato de que ela possibilita investigar condições de possibilidade de emergência dos discursos curriculares, como são inseridos no dispositivo de poder escolar e quais sujeitos visam produzir. Isto possibilita desnaturalizar as identidades e desnudar a mecânica de poder subjacente que as produz.
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