Afeto no ensino de filosofia:
um caminhar pedagógico afrorreferenciado
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.83404Palavras-chave:
ensino de filosofia, afeto, pedagogias decoloniaisResumo
Este artigo defende a importância do afeto no ensino de filosofia a partir de uma perspectiva decolonial, ora entendida como a assunção de referenciais e sentidos epistemológicos e pedagógicos contra hegemônicos. Considerando a afrodescendência majoritária da população brasileira e ressaltando o teor afetivo como importante traço das pedagogias afro-brasileiras (não-formais), objetiva problematizar a prevalência e o peso atribuídos às filosofias euro referenciadas pelos currículos escolares adotados no país. Partindo das observações e vivências experimentadas pela autora durante os anos de formação acadêmica e atuação profissional no magistério e dos estudos decoloniais realizados na pós-graduação em Educação das Relações Étnico-Raciais, o texto propõe uma reflexão crítica sobre a mera reprodução em sala de aula de saberes e metodologias exclusivamente vinculados ao cânone europeu (intelectualista) e, neste contexto, questiona os lugares comumente reservados ou interditados à abordagem da afetividade como conteúdo filosófico. Sugere, então, fundamentado nas contribuições de pensadoras/es não-europeias/europeus, sobretudo africanas/os e afrodiaspóricas/os, ao invés da uniforme adoção de práticas que usualmente rejeitam ou subestimam a dimensão afetiva do pensamento filosófico, a valorização da expressão dos afetos enquanto componentes inescapáveis de nossa humanidade e potencialidades filosóficas a serem lapidadas.
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