O TDAH infantil na visão psicopedagógica:
um estudo sobre definições e impactos na aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2025.83343Palavras-chave:
psicopedagogia, biopsicossocial, histórico-culturalResumo
Este artigo objetiva compreender o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) infantil e sua relação com a aprendizagem a partir da visão de psicopedagogas que atuam com esse público. A problemática consiste em descobrir como deve ser o olhar psicopedagógico sobre o TDAH infantil. O estudo é de abordagem qualiquantitativa, com suporte da Teoria Histórico-Cultural. Participaram nove psicopedagogas que atuam no contexto clínico com crianças com o referido Transtorno. Os resultados demonstram a predominância de uma visão mais biológica acerca do TDAH infantil, evidenciando a necessidade de os psicopedagogos defenderem discursos que expliquem o Transtorno por uma abordagem biopsicossocial. Descobriu-se que entre as principais dificuldades de aprendizagem dessas crianças estão lentidão nos registros, necessidade de explicações individualizadas e atuação diferenciada para absorver conteúdos, desorganização e procrastinação, dificuldade em manipular informações mentais, necessidade de tempo maior para atividades e dificuldade em permanecer sentado por longos períodos, conforme a rotina e as demandas da escola. Sobre as potencialidades, aponta-se que são crianças especialmente criativas, mas, também, inteligentes, dinâmicas, ágeis, de fácil acesso e que gostam de conversar, curiosas e espertas, com bom desempenho visual, boa capacidade de aprender, boa memória, comunicação, expansão de ideias, vocabulário e desenvoltura em várias áreas. Conclui-se que o olhar psicopedagógico sobre o TDAH infantil deve buscar um viés que considere os diversos aspectos que possam influenciar na individualidade das crianças que o possuem, conectando os níveis biológico, histórico, social e cultural.
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