“Me aceitar homossexual foi a travessia da minha vida mais difícil":
a constituição identitária do corpo-território LGBT+
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.79167Palavras-chave:
identidades e diferença, docentes LGBTQIA+, performatividadesResumo
Constituir-se como sujeito/a da diferença é ser atravessado/a por questões outras que o/a reposiciona distante daquilo do que é considerado/a normal, originando movimentos que dificultam o (re)conhecimento e a (auto)aceitação. Nesse movimento, construir-se e desconstruir-se ocorre dentro de sentimentos diversos que vão da negação à aceitação, angústias e sofrimentos. Este texto é resultado de uma pesquisa de doutoramento desenvolvida entre os anos de 2019-2022 que teve, entre outros objetivos, discutir os processos de constituição identitária de sete professores/as transviados/as que trabalham na educação básica do estado da Bahia. Ancorado nas ideias do corpo-território de Eduardo Miranda e “transviad@s” de Berenice Bento enredo os assujeitamentos e as (re)existências de sete docentes autodeclarados/as LGBTQIA+ que contam suas histórias de vida-formação-profissão atravessadas por uma ordem que modelam corpos e atitudes, e cujas pressões e opressões reposicionaram suas singularidades. As histórias foram contadas por meio de entrevista narrativa e de escrita de autorretratos, as quais foram analisadas na perspectiva da teoria de interpretação proposta por Paul Ricoeur. Os resultados apontam nas fragilidades de suas identidades os atravessamentos cisheteronormativos que provocaram medos, recuos e negações de si, bem como adequação ao sistema, produção de performatividades normalizadas e uma vida-formação-profissão demarcada por cuidados, preconceitos e discriminações naturalizadas.
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