Ainda sobre educação:
do grito de uma só boca
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2024.78297Palavras-chave:
filosofia, metafísica, economiaResumo
Partindo da cena de Zaratustra, que sugere a unidade e a identidade que podem restar na aparência de multiplicidade, e resultante de experimentação desenvolvida em projeto de doutorado em curso, o artigo apresenta apontamentos filosóficos cujo objetivo é realizar a deriva acerca da sobrevida dos elementos teológicos e metafísicos nos projetos pedagógicos contemporâneos. Sendo assim, com a leitura de Friedrich Nietzsche e de alguns autores do pensamento contemporâneo, o texto investe sobre os vestígios teológicos, mostrando sua permanência e sua atualização na instrumentalização da educação pela economia. O percurso traçado também efetua sua deriva pelos usos da aprendizagem, seu papel de apêndice aos critérios econômicos, supõe o tensionamento constitutivo de forças, ao mesmo tempo que diagnostica o triunfo das forças reativas. No entanto, requerendo sua contrapartida, a escritura deixa rastros daquilo que poderia escapar ao retorno do idêntico. Como antídoto à insistente permanência que se atualiza, atendo-se aos riscos sugeridos pela cena de Zaratustra em que a voz única se oculta na fisionomia e na aparência de diversas vozes, indica-se a abertura da educação aos vocabulários para os quais multiplicidade e diferença são termos incontornáveis.
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