Afrocentricidade e pensamento decolonial: perspectivas epistemológicas para pesquisas sobre relações étnico-raciais
DOI:
https://doi.org/10.12957/teias.2020.49419Palavras-chave:
Teoria da Afrocentricidade, Pensamento Decolonial, Relações Étnico-Raciais.Resumo
As políticas educacionais impulsionadas no Brasil a partir da aprovação da Lei N. 10.639/2003 têm contribuído para o aumento de pesquisas nas Universidades sobre relações étnico-raciais, mas revelado como estas pesquisas ainda partem de perspectivas teóricas eurocêntricas para a produção do conhecimento. Em paralelo, abordagens a partir de outras matrizes vêm sendo desenvolvidas, como a afrocentricidade e o pensamento decolonial. Para este, a colonização europeia estabeleceu sistemas de controle do poder, do saber e do ser assentados no discurso naturalista de raça como condição determinista destes sistemas e dos vetores da colonialidade. Para a teoria da afrocentricidade é preciso superar a hegemonia de uma história única e encarar quaisquer fenômenos a partir de sua devida localização. A questão problematizadora desse estudo é: Como a afrocentricidade e o pensamento decolonial se configuram como perspectivas epistemológicas para as pesquisas sobre relações étnico-raciais? A partir desta problematização, o objetivo é identificar a presença da teoria da afrocentricidade e do pensamento decolonial enquanto perspectivas epistemológicas nas pesquisas sobre as relações étnico-raciais. Como procedimento teórico e metodológico, apoia-se numa revisão bibliográfica das referidas correntes epistemológicas, privilegiado as ideias de Quijano (2005; 2009) e Asante (2009; 2014) e nos trabalhos apresentados em dois congressos nacionais sobre a temática. Como conclusão deste estudo, defende a ideia de uma necessária e urgente disseminação de epistemologias inovadoras para a produção do conhecimento referente às relações étnico-raciais como resistência à colonização do saber e esforço de recentramento histórico e cultural das pessoas africanas.
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