Entre o Domínio e a Dominação de Si: Sujeição Psíquica no Neoliberalismo
DOI:
https://doi.org/10.12957/epp.2025.86303Palavras-chave:
neoliberalismo, sujeição psíquica, sujeito, processos de subjetivação, psicanáliseResumo
O presente artigo objetiva discutir as implicações subjetivas do neoliberalismo, cuja ética, assentada na lógica da competição e na norma da empresa, exige um trabalho contínuo do sujeito sobre si mesmo. A partir de alguns pressupostos da racionalidade neoliberal, como a ideia de que o indivíduo é o eu autointeressado em busca das melhores oportunidades no mercado, propomos uma discussão em torno dos modos de sujeição a partir dos quais e pelos quais somos chamados a nos constituir como sujeitos, que, no neoliberalismo, transmuta-se do domínio de si, como operação ética que implica a relação de si consigo mesmo, para uma dominação de si, quer dizer, uma instrumentalização de si mesmo. Se o eu autocrático fomentado por esta racionalidade pôde transformar o desejo em vontade de poder, a questão que nos parece ser preciso articular, como contribuição da psicanálise ao campo da política, diz respeito ao ponto de toque entre esse eu autointeressado das sociedades atuais e o sujeito do desejo, e, a partir deste deslindamento, oferecer-nos formas de resistência ao açambarcamento das subjetividades no neoliberalismo.
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