A (RE)CRIAÇÃO DE ELIS REGINA PELA IA

DIALOGISMOS, AUTENTICIDADE E IMPACTOS NA COMUNIDADE INDÍGENA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2025.89450

Resumo

Este estudo objetiva compreender como a publicidade que (re)criou Elis Regina, utilizando a Inteligência Artificial (IA) impactou/impacta a comunidade indígena, especialmente no que concerne às questões de autenticidade e representatividade. Partindo dos postulados de Benveniste (1976) e Kristeva (2005; 1969), a pesquisa explora como a linguagem, enquanto objeto de reflexão, contribui para a construção de significados e a comunicação. Além disso, estabelece conexões com as teorias do Círculo Bakhtiniano, em Bakhtin/Volochìnov (2017), demonstrando como as reflexões desses intelectuais fornecem um alicerce teórico para entender a comunicação publicitária. A pesquisa dialoga também com os Letramentos Críticos, conforme proposto por Janks (2014), Luke e Freebody (1997), incentivando uma análise crítica das representações culturais e das relações de poder subjacentes. Metodologicamente, o estudo adota uma abordagem bibliográfica quali-quantitativa, permitindo uma investigação ampla e aprofundada dos fenômenos estudados. A pesquisa busca refletir sobre as questões de autenticidade e representatividade que se fazem pertinentes frente à justificativa da necessidade de compreender o impacto cultural das campanhas publicitárias. Ao examinar a influência das tecnologias na comunicação e nas dinâmicas de poder contemporâneas, o estudo convida a uma reflexão crítica sobre a maneira como as novas tecnologias estão moldando as percepções culturais e a identidade em comunidades historicamente marginalizadas, como a indígena. Os resultados revelam que é imperativo compreender como essa recriação dialoga com as percepções de autenticidade cultural, respeitando e valorizando a herança indígena enquanto desafia narrativas preconcebidas. Assim, a publicidade precisa ser vista não apenas como uma ferramenta de marketing, mas também como um meio de promover um diálogo intercultural que reconheça e celebre as diferenças/diversidade culturais.

Biografia do Autor

Bruno Silva Nascimento, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Doutorando em Estudos de Linguagens(PPGEL/UFMS/). Mestre em Estudos de Linguagens (UFMS); Pesquisador do Grupo de Pesquisa: Educação crítica, criativa e ética por Linguagens, Transculturalidades e Tecnologias (UFMS/CNPq). 

Ângela Pereira de Souza, Universidade Estadual de Feira de Santana

Doutoranda em Estudos Linguísticos (PPGEL/UEFS).Mestra em Estudos Linguísticos (PPGEL/UEFS). É pesquisadora do Projeto Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (CE-DOHS - UEFS), atuando na constituição de corpora do semiárido baiano e no estudo dos aspectos grafemáticos e sócio-históricos do final do século XIX no referido corpora

Maria Jeane Souza de Jesus Silva, Universidade Estadual de Feira de Santana

Doutoranda em Estudos Linguísticos (PPGEL/UEFS). Mestra em Educação e Diversidade (PPGED/UNEB). Pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisas (Multi)letramentos, Educação e Tecnologias (GEPLET). Professora de Língua Portuguesa e Redação da Rede Pública de Ensino de Monte Santo/Ba

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Publicado

01-08-2025

Como Citar

SILVA NASCIMENTO, Bruno; PEREIRA DE SOUZA, Ângela; SOUZA DE JESUS SILVA, Maria Jeane. A (RE)CRIAÇÃO DE ELIS REGINA PELA IA: DIALOGISMOS, AUTENTICIDADE E IMPACTOS NA COMUNIDADE INDÍGENA . Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 1–22, 2025. DOI: 10.12957/redoc.2025.89450. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/89450. Acesso em: 25 ago. 2025.