LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO:  JOGO MODIFICADO PARA ALUNOS COM CEGUEIRA

Fernanda Verônica Fleck Pereira; Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski

doi:10.12957/redoc.2024.83547

Autores

Fernanda Verônica Fleck Pereira Faculdade XP Educação https://orcid.org/0000-0003-4119-4350
Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski Centro Universitário UniGuairacá https://orcid.org/0000-0002-6474-0927

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2024.83547

Palavras-chave:

Deficiência visual, Ensino de programação, Lógica de programação, Jogo de tabuleiro

Resumo

A pesquisa discute o uso de jogos na educação de pessoas com deficiência visual. Objetiva investigar as contribuições do uso de um jogo de tabuleiro adaptado no processo de ensino e aprendizagem do conteúdo de Lógica de Programação para estudantes cegos e está fundamentada nos pressupostos da Teoria Histórico Cultural, de Vygotsky e na Teoria da Formação da Ação Mental por meio de etapas de Galperin. A natureza do estudo é aplicada e faz uso da abordagem qualitativa. A coleta de dados deu-se por meio de entrevistas e observações realizadas durante a aplicação de um jogo de tabuleiro. Participaram do estudo três estudantes cegos por retinopatia da prematuridade. Os resultados revelam que o ensino de programação, para ser inclusivo, depende de alguns fatores, entre eles, da atuação do docente como mediador entre os estudantes e o objeto de aprendizagem, da interação entre os estudantes, do apoio dos profissionais da Educação Especial, de modificações que permitam aos estudantes cegos o acesso às informações, entre outros. Além disso, a resolução de problemas é necessária no processo de ensino e aprendizagem, assim como a contextualização do ensino com ações cotidianas dos estudantes. Os resultados obtidos na pesquisa apontam contribuições do uso de jogos de tabuleiro no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes com deficiência visual, visto que, além de promover a sua inclusão nas atividades, também contribui para a apropriação dos conceitos envolvidos e o desenvolvimento das funções psicológicas superiores, entre elas, o pensamento.

Biografia do Autor

Fernanda Verônica Fleck Pereira, Faculdade XP Educação

Desenvolvedora Back-End pela Universidade Norte do Paraná, Pós-Graduanda em Tecnologia Java pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Licenciada e Mestre em Ensino de Ciências e Educação Matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atua como Desenvolvedora Back-End na Contabilizei e Professora Orientadora na Faculdade XP Educação.

Lucia Virginia Mamcasz-Viginheski, Centro Universitário UniGuairacá

Graduada em Licenciatura em Matemática pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (1996). Especialização em Ensino de Matemática pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (1998). Mestra em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2013). Doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia pelo Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (2017). Pós-Doutoranda em Educação pela Universidade Estadual de Maringá. Recebeu o Prêmio CAPES de Tese 2018, na área de Ensino, com a Tese: O soroban na formação de conceitos matemáticos por pessoas com deficiência intelectual: implicações na aprendizagem e no desenvolvimento. Docente do Programa de Pós Graduação em Promoção da Saúde do Centro Universitário UniGuairacá, Guarapuava, Paraná, Brasil. Linhas de pesquisa: Ciência, Tecnologia e Saúde; Estratégias Interdisciplinares em Inovação e Promoção da Saúde. Docente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências Naturais e Matemática da Universidade Estadual do Centro-Oeste - Unicentro; linha de pesquisa Ensino e Aprendizagem em Matemática. Docente do Programa de Pós Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática da Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG; linha de pesquisa Práticas de Ensino em Ciências. Docente da Graduação do Centro Universitário UniGuairacá, nos cursos de Administração, Direito e Psicologia. Docente do Centro de Atendimento Educacional Especializado - Deficiência Visual, da Asociação de Pais e Amigos dos Deficientes Visuais - APADEVI, Guarapuava, Paraná, Brasil (professora QPM/SEED). Membro do Grupo de Pesquisa 'O ensino e inclusão de Pessoas com Deficiência'

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