PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA SOBRE O USO DE TECNOLOGIAS
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2025.81073Resumo
Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado que objetivou investigar os sentidos da tecnologia para estudantes do Ensino Médio público. Vivemos um contexto histórico mobilizado pelas tecnologias e especificamente falando da escola, professores e gestores se veem diante do desafio de buscar soluções possíveis, para garantirem o acesso ao conhecimento escolarizado mediado pelas tecnologias. Sustentada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Lev S. Vigotski, nesta pesquisa-intervenção realizamos quatro encontros com 40 estudantes do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública localizada no interior de São Paulo, e quatro entrevistas semiestruturadas com aqueles eleitos pela turma como os “mais conectados”. Nos encontros mediados pelo uso de materialidades artísticas, os adolescentes foram convidados a compartilhar suas percepções em relação ao uso de tecnologias, o ensino escolarizado e sua vida cotidiana. Além da gravação e transcrição dos encontros e das entrevistas, foram utilizados os diários de campo produzidos pela psicóloga-pesquisadora. Os resultados indicam que na escola o uso de ferramentas tecnológicas não é funcional, devido à pouca familiaridade dos alunos e professores, e às limitações de infraestrutura. Ao não conhecerem as aplicabilidades das ferramentas tecnológicas, poucas são as alternativas de escolha e as possibilidades de atribuírem novos sentidos às ferramentas para além de uso cotidiano. Diante de tamanha complexidade, ressalta-se a importância do papel do psicólogo escolar na criação de espaços coletivos visando a transformação da realidade escolar e a necessidade do desenvolvimento de estudos sobre o papel das tecnologias no desenvolvimento humano.
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