PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA SOBRE O USO DE TECNOLOGIAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2025.81073

Resumo

Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de mestrado que objetivou investigar os sentidos da tecnologia para estudantes do Ensino Médio público. Vivemos um contexto histórico mobilizado pelas tecnologias e especificamente falando da escola, professores e gestores se veem diante do desafio de buscar soluções possíveis, para garantirem o acesso ao conhecimento escolarizado mediado pelas tecnologias. Sustentada pelos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os conceitos de Lev S. Vigotski, nesta pesquisa-intervenção realizamos quatro encontros com 40 estudantes do segundo ano do Ensino Médio de uma escola pública localizada no interior de São Paulo, e quatro entrevistas semiestruturadas com aqueles eleitos pela turma como os “mais conectados”. Nos encontros mediados pelo uso de materialidades artísticas, os adolescentes foram convidados a compartilhar suas percepções em relação ao uso de tecnologias, o ensino escolarizado e sua vida cotidiana.  Além da gravação e transcrição dos encontros e das entrevistas, foram utilizados os diários de campo produzidos pela psicóloga-pesquisadora. Os resultados indicam que na escola o uso de ferramentas tecnológicas não é funcional, devido à pouca familiaridade dos alunos e professores, e às limitações de infraestrutura. Ao não conhecerem as aplicabilidades das ferramentas tecnológicas, poucas são as alternativas de escolha e as possibilidades de atribuírem novos sentidos às ferramentas para além de uso cotidiano. Diante de tamanha complexidade, ressalta-se a importância do papel do psicólogo escolar na criação de espaços coletivos visando a transformação da realidade escolar e a necessidade do desenvolvimento de estudos sobre o papel das tecnologias no desenvolvimento humano.

Biografia do Autor

Aline Cristina Ferreira Grego, PUC Campinas

Mestra em Psicologia como Ciência e Profissão pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, investigar os sentidos da tecnologia para estudantes do ensino médio público. Graduada em Psicologia (2021) e em Administração (2010) pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Especialista em Projetos Sociais e Políticas Públicas (2020) pelo Centro Universitário SENAC.

Desenvolveu plano de trabalho de Iniciação Científica, em 2020, investigando a potência da atividade de ouvir e contar histórias na promoção do desenvolvimento de alunos com necessidades educacionais especiais; em 2019, investigando as significações de professores sobre as relações que estabelecem na escola, e a influência dessas significações em seus processos de ensino e aprendizagem; em 2018, investigando as expectativas que os pais/responsáveis atribuem ao futuro seus filhos, ambos com financiamento FAPIC/Reitoria e em 2017, com financiamento CNPq, investigando quais são os significados e sentidos atribuídos pelos jovens, do 1º ano do Ensino Médio noturno, à escola que têm e à escola que gostariam de ter e de que modo estas significações favorecem/desfavorecem a promoção do interesse pelo conhecimento escolarizado.

Insere-se na linha de pesquisa Intervenções Psicológicas e Processos do Desenvolvimento Humano e baseia-se nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia Histórico-Cultural, sobretudo os de Vigotski.

Membro do Grupo de Pesquisa "Processos de Constituição do Sujeito em Práticas Educativas" (PROSPED), do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Psicologia - Profissão e Ciência, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, cujo atual projeto-mãe do grupo é intitulado "A potência da pesquisa-intervenção mediada pela arte na transformação da escola e da educação: práticas colaborativas e coletivas em Psicologia".

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Publicado

01-08-2025

Como Citar

CRISTINA FERREIRA GREGO, Aline; LUCIA TREVISAN DE SOUZA, Vera. PERCEPÇÕES DE ADOLESCENTES DE ESCOLA PÚBLICA SOBRE O USO DE TECNOLOGIAS. Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v. 9, n. 2, p. 1–18, 2025. DOI: 10.12957/redoc.2025.81073. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/81073. Acesso em: 25 ago. 2025.