PROCESSOS FORMATIVOS E OS FAZERESSABERES DOCENTES: CAMINHOS ‘PENSADOSPOSSÍVEIS’ COM OS CURRÍCULOS NOS COTIDIANOS
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2023.73014Palavras-chave:
Processos formativos. Narrativas. Redes de saberes.Resumo
O presente artigo busca trazer reflexões sobre os caminhos ‘pensadospossíveis’ para criar “Educações” no atual contexto em que o período que vivenciamos da pandemia da Covid-19 deixou marcas em todo o cenário educacional, marcas essas que também mobilizaram criações diante das contingências, pois, esse período também nos mostrou algumas potencialidades nos processos de ensino, aprendizagem e de formação. Partindo dessa premissa, nosso objetivo com esse texto é abordar alguns aspectos para pensar as relações entre os saberes que ao longo de nossas trajetórias vão sendo tecidos e que compõem as redes com as quais produzimos os currículos e as existências das escolas a cada dia. Partindo do campo das pesquisas com os cotidianos e do trabalho com narrativas docentes vamos provocar ponderações sobre como a incompletude do saber pode nos impulsionar a tecer novos saberes, perceber a potência das narrativas docentes e tecer algumas considerações a respeito dos processos que nos formam e o modo como nesses processos vamos tecendo as nossas redes de conhecimento. Dialogaremos entre outros, com contribuições de Certeau (2013) a respeito das táticas dos praticantes, Moreira (2015) no que se refere às narrativas docentes no processo de formação e Santos (2019, 2020) com conceitos relativos à justiça social, justiça cognitiva, ao saber e ao corazonar. O artigo buscou refletir quanto aos saberes docentes em diálogo com as narrativas em processos de pesquisa e formação para tecer redes de conhecimento e processos formativos de formas mais coletivas e partilhadas na docência e entre escolas-universidade.
PALAVRAS-CHAVE: Processos formativos. Narrativas. Redes de saberes.
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