TRABALHO DOCENTE E AS TDIC: CONSTATAÇÕES SOBRE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ASSENTAMENTO DE SC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/redoc.2023.70915

Palavras-chave:

TDIC. Ensino remoto emergencial. Formação docente. Saberes docentes. Língua Portuguesa. Pandemia.

Resumo

O presente artigo é parte da pesquisa de dissertação que tem como objetivo investigar os saberes dos professores de Língua Portuguesa, relativos ao uso das tecnologias digitais da informação e comunicação, e de que forma contribuíram e influenciaram para o desenvolvimento do ensino remoto emergencial em tempo de pandemia em instituições de ensino de assentamento de Santa Catarina. Especificadamente, apresenta discussões e reflexões acerca do processo de formação dos professores de Língua Portuguesa em relação às TDIC para desenvolver o trabalho docente durante as aulas e atividades remotas emergenciais nas instituições investigadas. Foram entrevistados professores de Língua Portuguesa que atuam nas instituições investigadas, localizadas em área de assentamento e que se integram as esferas municipal, estadual e federal, situadas num raio de aproximadamente 500 m². Coerente a uma base teórica e epistemológica freireana, dialoga com perspectivas libertadora e emancipatória e assume o materialismo histórico-dialético como método e concepção metodológica para tratamento do objeto. Sobre formação dos professores relativa às TDIC mostra fragilidades nesse aspecto, explicitando que os cursos não ofereceram sólida formação no que tange às TDIC no contexto educativo para desenvolver o ensino remoto emergencial, desenvolvidos em caráter técnicos, procedimentais, sem considerar que as tecnologias na educação vão além do caráter instrumental, mas devem possibilitar o processo criativo para o desenvolvimento de novas tecnologias. Ainda, é necessário que formações e saberes relativos às TDIC sejam pensados e incorporados às práticas docentes em íntima relação com o contexto educativo e pedagógico, pois não podem ser autoaplicáveis no campo educacional.

Biografia do Autor

Eduardo Menegais Maciel, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Mestre em Educação pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS/Chapecó) na linha de pesquisa Formação de Professores: conhecimento e práticas educacionais; Especialista em Educação pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense Campus Avançado Abelardo Luz (IFC/SC, 2019); Graduação em Letras - Língua Portuguesa e Literatura pela Universidade do Oeste de Santa Catarina Campus de Xanxerê (UNOESC/SC, 2017); Membro colaborador do Grupo de Estudos e Pesquisas Escola de Vigotski (GEPEVI), vinculado à Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Possui experiência na Educação Básica - ensino fundamental e médio, atuando como professor das disciplinas de Língua Portuguesa e Literatura, Leitura/Escrita e Orientação de Leitura e Gestão Escolar; Atualmente atua como docente do componente curricular de Língua Portuguesa (Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos - EJA), na Rede Estadual de Educação de Santa Catarina - Escola de Ensino Fundamental Altair Silva e Escola Indígena Cacique Karenh; No campo da produção científica desenvolve e tem interesse investigativo na área de Formação de Professores, Processos Formativos, Letramento Digital de Professores e Metodologias do Ensino da Língua Portuguesa na perspectiva das Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação.

Ana Maria de Oliveira Pereira, Universidade Federal da Fronteira Sul - UFFS

Possui graduação em Geografia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (1995), mestrado em Educação pela Universidade de Passo Fundo (2010) e doutorado em Diversidade Cultural e Inclusão Social, pela Universidade Feevale (2017) Pós doutorado em Educação na UNOCHAPECÓ (2022). Atualmente é professora Adjunta da Universidade Federal da Fronteira Sul, atuando nos cursos de Licenciatura em Geografia, Pedagogia e Mestrado em educação. Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: Ensino de Geografia; Formação de Professores; Informática na Educação; Metodologias de Ensino de Geografia; Ecopedagogia. Pesquisadora no Grupo de Estudos e Pesquisas Escola de Vigotsky - GEPEVI - http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/535118. e também do grupo PALAVRAÇÃO - dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9934306116921170. Como atividade extra atuação institucional, realizo atividade voluntária nos Amigos da Alegria na cidade de Erechim RS. Neste grupo fazemos visitas com cortejo musical nos hospitais e clínicas oncológicas da cidade. Participo também do Coro da Uri, um coro universitário de vozes femininas, que realiza ensaios semanais e apresentações em festivais de coros no Brasil e América do Sul. E-mail ana.pereira@uffs.edu.br.

Referências

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Trad. Luís Antero Reto e Augusto Pinheiro. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1977.

Brasil, Medida Provisória nº 394, de 1º de abril de 2020. Normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica. Diário Oficial da União, Imprensa Nacional. Disponível em: < https://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=01/04/2020&jornal=600&pagina=1>. Acesos em: 25 de maio 2022.

CONTE, Eliane; HABOWSKI, Adilson Cristiano. (Re)pensar as tecnologias na educação a partir da teoria crítica. São Paulo: Pimenta Cultural, 2019.

FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 16ª ed. 2009.

GASPARIN; João Luiz; PETENUCCI. (2008). Pedagogia Histórico-Crítica: da teoria à prática no contexto escolar. Disponível em: < http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2289-8.pdf>. Acesso em: 29 de janeiro de 2022.

FRIGOTTO, Gaudêncio. O enfoque da dialética materialista histórica na pesquisa educacional. Texto apresentando ao Encontro Regional de Pesquisa Sudeste, no Simpósio sobre Diferentes Enfoques Teóricos na Pesquisa Educacional Brasileira. Vitória, 1987.

MARX, Karl. Para a crítica da economia política. In: Marx Os pensadores. Tradução de José Carlos Bruni (et al). 2ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p.103-132.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação-8ª ed.- Campinas, SP: Papirus, 2012.

MORAN, José Manuel. A contribuição das tecnologias para uma educação inovadora. Contrapontos - volume 4 - n. 2 - p. 347-356 - Itajaí, Maio/Ago. 2004. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2014/2014_unioeste_ped_artigo_margarete_campagnolo_de_morais.pdf>. Acesso em: 30 de maio de 2022.

PEREIRA, Ana Maria de Oliveira. Aprender e ensinar geografia na sociedade tecnológica: possibilidades e limitações. Curitiba: Appris, 2019.

PINO, Angel. Técnica e semiótica na era da informática. Contrapontos - volume 3 - n. 2 - p. 283-296 - Itajaí, mai./ago. 2003.

SAMPAIO, Marisa Narciso; LEITE, Ligia Silva. Alfabetização tecnológica do professor. Petrópolis: Vozes, 1999.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 17.ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014.

Downloads

Publicado

2023-12-13

Como Citar

MENEGAIS MACIEL, Eduardo; DE OLIVEIRA PEREIRA, Ana Maria. TRABALHO DOCENTE E AS TDIC: CONSTATAÇÕES SOBRE O ENSINO REMOTO EMERGENCIAL EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE ASSENTAMENTO DE SC. Revista Docência e Cibercultura, [S. l.], v. 7, n. 4, p. 376–392, 2023. DOI: 10.12957/redoc.2023.70915. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/re-doc/article/view/70915. Acesso em: 26 jul. 2024.