LETRAMENTO EM REDE: PROPOSTA METODOLÓGICA COMO CAMINHO PARA REFLEXÕES SOBRE FAKE NEWS
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2023.68289Palavras-chave:
Letramento em rede, Fake news, Redes sociais.Resumo
Este artigo apresenta uma reflexão sobre o letramento em redes sociais buscando ampliar o entendimento acerca do letramento digital como fenômeno social, bem como compreender como as redes sociais digitais se configuram enquanto instrumentos para prática de letramento. A partir desse pressuposto, este estudo apresenta o resultado da aplicação de uma proposta metodológica conduzida por meio de uma live, na plataforma youtube, com o intuito de fomentar reflexões sobre os impactos das fake news nas redes sociais, como prática de letramento em rede, já que o volume de informações muda constantemente. Este trabalho foi construído a partir de pesquisas bibliográficas e está embasado em referenciais teóricos postulados por Santaella (2013), Dudeney, Hockly e Pegrum (2016), Coscarelli (2017), Rojo (2013), Castells (1999, 2003), Filho (2018), entre outros. Após a experiência da live e o feedback das atividades postadas pelos partícipes, foi possível verificar o envolvimento dos mesmos com a proposta da atividade. Constatou-se que os participantes reconhecem a importância de se alertar as pessoas sobre os impactos nocivos das fake news na sociedade. Nesse sentido, as considerações pautadas neste trabalho, que visa práticas pedagógicas moduladas na utilização das tecnologias digitais, se apresentam como caminho promissor para (re)pensar a educação e, consequentemente, as ações mediadas nas ambiências digitais. De forma dinamizada, os participes foram conduzidos ao reconhecimento das novas relações e desafios que os acompanham quando entram em interatividade no ciberespaço, construindo, assim, competências promissoras para lidar com as informações veiculadas no universo digital.
Referências
AMARAL, Inês; SANTOS, Sofia José. Algoritmos e redes sociais: a propagação de fake news na era da pós-verdade. In: FIGUEIRA, João; SANTOS, Sílvio (org.). As fake news e a nova ordem (des)informativa na era da pós-verdade. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019. p. 63-85. Disponível em: https://digitalis.uc.pt/ptpt/livro/algoritmos_e_redes_sociais_propaga%C3%A7%C3%A3o_de_fake_ne ws_na_era_da_p%C3%B3s_verdade. Acesso em: 26 mar. 2022.
ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 2016. Tradução Roberto Rapouso.
BARROS, Josie de Menezes. A pós-verdade e a subversão do princípio democrático. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-ago-26/josie-barros-pos-verdade-subversao-principio-democratico. Acesso em: 8 dez. 2021.
CASTELLS, M. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, [vol. I de A Era da Informação: economia, sociedade e cultura] 1999.
CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: J. Zahar, 2003. 243 p. (Coleção interface).
CARVALHO, Gustavo Arthur de; KANFFER, Gustavo Guilherme. O Tratamento Jurídico das Notícias Falsas (fake news). Conjur, 2018. Disponivel em: https://www.conjur.com.br/dl/tratamento-juridico-noticias-falsas.pdf/. Acesso em: 31 de maio de 2022.
CAVALCANTI, Carolina Costa; FILATRO, Andrea. Metodologias inovativas na educação presencial, a distância e corporativa. São Paulo: Saraiva, 2018.
COSCARELLI, Carla. Alfabetização e letramento digital. In: E, Ana (org.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2017, p. 32.
DUDENEY, Gavin; HOCKLY, Nicky; PEGRUM, Mark. Letramentos Digitais. Trad. Marcos Marcionilo. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2016, p. 47.
FERRARA, L. D. Comunicação, mediações, interações. São Paulo: Paulus Editora, 2015.
FILHO, Octavio Frias. O que é falso nas fake news. Revista USP, São Paulo, ed. 116, p. 39-44, 2018. Disponível em: https://www.revistas.usp.br. Acesso em: 7 dez. 2021.
MACHADO, Joicemegue Ribeiro; TIJIBOY, Ana Vilma. Redes Sociais Virtuais: um espaço para efetivação da aprendizagem cooperativa. Novas Tecnologias na Educação, CINTED-UFRGS, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p. 2, 2005. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/renote/article/view/13798/7994. Acesso em: 7 dez. 2021.
Mans, M. (junho, 2018). A Era da Pós Verdade. Revista.BR, ed. 14, ano 9, p. 5-11. Disponível em: https://www.nic.br/media/docs/publicacoes/3/revista-br-ano-09-2018-edicao14.pdf. Acesso em: 8 mai. 2022.
MCINTYRE, Lee. Post-truth. Cambridge, MA: MIT Press, 2018.
PABLO, Ortellado. Brasil esteve na ‘vanguarda’ das fake news. Veja, São Paulo, 11 de mai. 2018. Disponível em: https://veja.abril.com.br/tveja/em-pauta/pablo-ortellado-brasil-esteve-navanguarda-das-fake-news/ . Acesso em: 04 de abr. 2022.
QUIRÓS, Eduardo A. A era da pós verdade: realidade versus percepção. Uno, São Paulo, v. 27, n. 1, p.36-37, mar. 2017. Disponível em: http://www.revistauno.com.br/wp-content/uploads/2017/03/UNO_27_BR_baja.pdf. Acesso em: 10 mai. 2018.
RECUERO, Raquel. Redes sociais na internet. Porto Alegre: Sulina, 2009.
ROJO, Roxane (Org.). Escol@ conectada: os multiletramentos e as TICs. São Paulo: Parábola, 2013.
SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua. Repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.
SANTAELLA, L. A pós-verdade é verdadeira ou falsa? In: CYPRIANO, F. (org.). A pós-verdade é verdadeira ou falsa. Barueri, SP: Estação das Letras e Cores, 2018, p. 19.
SCANNELL, P. Television and the meaning of live. Polity Press, 2014.
SILVA, Fernanda de Barros da. O regime de verdade das redes sociais on-line: pós-verdade e desinformação nas eleições presidenciais de 2018. 2019. 157 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).