SEQUÊNCIA DIDÁTICA INVESTIGATIVA UTILIZANDO FAKE NEWS PARA O ENSINO DE IMUNOLOGIA DE FORMA REMOTA
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2023.67328Palavras-chave:
Ensino de Imunologia, Ensino por investigação, Ensino remoto, Fake NewsResumo
A imunologia tem sido, ao longo de anos, considerada uma disciplina de dificuldade ímpar, apesar de imprescindível para decisões individuais e coletivas no que tange a saúde da sociedade em sua totalidade. Considerando que a escola é uma importante esfera na formação do indivíduo, cabe a esse espaço e ao processo educacional, a formação de cidadãos conscientes de seu poder de escolha em meio a um “mar de fake news”, envolvendo as diversas esferas sociais, em especial à saúde. O presente trabalho, apresenta uma sequência didática, utilizada durante o ensino remoto, como uma alternativa para abordagem dos conteúdos de imunologia no ensino médio. A sequência didática construída foi desenvolvida de forma interdisciplinar e contou com atividades síncronas (S) e assíncronas (A):1) vídeo com perguntas inquietantes (A); 2) Aula expositiva dialogada (S); 3) Pesquisa: é fake ou não (A); 4) Elaboração de tirinhas (A). A validação ocorreu através da pesquisa com estudantes de 1º e 2º anos do ensino médio. Por meio da análise do material confeccionado pelos estudantes, percebeu-se um impacto positivo na aprendizagem, com maior interesse por conteúdos relacionados com o cenário pandêmico. Entretanto, o trabalho relata ajustes metodológicos que ocorreram no percurso devido à fragilidade do ensino remoto. A proposta pode ser facilmente adaptada para o ensino presencial ou híbrido. Por fim, a experiência resultou em um roteiro para professores com uma sequência didática que busca o desenvolvimento do senso crítico e um aprendizado significativo de conceitos básicos de imunologia, fomentar a curiosidade e pesquisa, estimulando o protagonismo estudantil e auxiliando no desenvolvimento de cidadãos aptos para o exercício pleno da cidadania.
Referências
ANDRADE, Viviane Abreu de; ARAÚJO-JORGE, T ania Cremonini de; SILVA, R obson Coutinho. Concepções Discentes Sobre Imunologia e Sistema Imune Humano. Investigações em Ensino de Ciências, v. 21, n. 3, p. 01, 2016.
ANDRADE, Viviane Abreu de. IMUNOSTASE – Uma atividade lúdica para o ensino de Imunologia. Dissertação (requisito para obtenção do título de Mestre em Ciências) - Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro. p. 238, 2011.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, 229 p.
FERRAZ, Arthur Tadeu; SASSERON, Lúcia Helena. PROPÓSITOS EPISTÊMICOS PARA A PROMOÇÃO DA ARGUMENTAÇÃO EM AULAS INVESTIGATIVAS. Investigações em ensino de ciências, v. 22, n. 1, 2017.
FIALHO, Janaina. Experiência com estudantes do ensino médio através da pesquisa escolar orientada. Perspectivas em ciência da informação, v. 18, p. 15-25, 2013.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987. v. 21
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à Prática Educativa. 39. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
GATTI, Bernardete Angelina. Estudos quantitativos em educação. Revista Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 30, n. 1, p. 11-30, 2004.
GRAVINA, Michele das Graças Pacheco; MUNK, Michele. Dinâmicas de oficinas de textos em biologia: ferramentas para a alfabetização científica em tempos de fake news. Experiências em Ensino de Ciências, v. 14, n. 3, p. 612-620, 2019.
GUIMARÃES, Yara AF; GIORDAN, Marcelo. Elementos para validação de sequências didáticas. Encontro Nacional de Pesquisa Em Educação Em Ciências, v. 9, p. 1-8, 2013.
HODGES, Charles; MOORE, Stephanie; LOCKEE, Barb; TRUST, Torrey; BOND, Aaron. Diferenças entre o aprendizado online e o ensino remoto de emergência. Revista da Escola, Professor, Educação e Tecnologia, v. 2, p. 1–12, 2020.
LIMA, Gleice Prado. A construção de argumentos em aulas de biologia: controvérsias em torno das vacinas. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, SE. p. 163, 2019.
LINS, Layse Rodrigues Do Rozario Teixeira; ALVES, Dolanno Ferreira; LIMA, Kewin Moreira, PANTOJA, Nisya Robelly Cardoso. Tecnologia educacional lúdica para o conteúdo de imunologia no ensino médio. Anais VI CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2019. Disponível em: <https://www.editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/62683>. Acesso em: 31 mar. 2021.
MOREIRA, J. António; HENRIQUES, Susana; BARROS, Daniela Melaré Vieira. Transitando de um ensino remoto emergencial para uma educação digital em rede, em tempos de pandemia. Dialogia, p. 351-364, 2020.
MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem significativa. Porto Alegre: Instituto de Física - UFRGS, 2016.
RIBEIRO, Barbara Cristina Marques dos Santos; FRANCO, Isabela de Melo; SOARES, Charlene Carvalho. Competência em informação: as fake news no contexto da vacinação. Múltiplos Olhares em Ciência da Informação, n. Especial. Disponível em: http://hdl.handle.net/20.500.11959/brapci/106451 . Acesso em: 20 out. 2021.
SASSERON, Lúcia Helena; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Alfabetização Cientifica: uma Revisão Bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências, v. 16, n. 1, p. 59–77, 2011.
SILVA, J. L. Desenvolvimento de revistas didáticas como estratégia lúdica para o ensino da morfofisiologia do sistema endócrino. Dissertação (requisito para obtenção do título de Mestre) - Curso de Mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional, Ufrj, Duque de Caxias. p. 104, 2019.
STADTLOBER, Paulo Roberto. LYMPHATIC WARS: Jogo didático para o Ensino de Imunologia. Monografia (apresentada como atividade obrigatória à integralização de créditos para conclusão do Cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas). – Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro. p. 90, 2017.
TRIVELATO, Sílvia L. Frateschi; TONIDANDEL, Sandra M. Rudella. Ensino por investigação: eixos organizadores para sequências de ensino de biologia. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 17, p. 97-114, 2015.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).