A empatia freireana na alfabetização popular: concepções da cibercultura em tempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.12957/redoc.2021.61235Palavras-chave:
Centenário de Paulo Freire. Empatia. Educação de Jovens e Adultos. Pandemia do COVID-19. Cibercultura.Resumo
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) foi a base do trabalho do educador Paulo Freire. Na sua luta política e social, a alfabetização nas comunidades populares seria uma porta de saída para a tomada de consciência crítica da realidade. Na Educação a conceituação de empatia como uma relação importante entre o professor e o aluno para o processo afetivo-educacional. Paulo Freire, Carl Rogers, Lev Vigostki e António Nóvoa já utilizaram o conceito de empatia no processo de resposta afetiva ou cognitiva entre professor e aluno. Freire afirmava que a empatia no contexto da sala de aula ocorre quando o professor “pegar os olhos dos alunos emprestados” para que ele possa perceber de fato a realidade com que está interagindo. Quando se identifica a realidade do outro, percebe-se de perto os problemas e circunstâncias vividas sobretudo em ambientes de necessidade e privações, quando o outro percebe que nossa realidade é entendida fica mais aberto a ser acolhido por um estranho ou no caso um professor que vem trazer o conhecimento, esta é a empatia de Freire. A partir do ano de 2020, diante do contexto da pandemia do COVID-19, a empatia torna-se um processo coletivo de reprimir o isolamento social e proporciona conforto aos segmentos impactados pelo contexto pandêmico, para lograr êxito a cibercultura atuou como um fio condutor no processo pedagógico. Assim no presente trabalho é importante pesquisar a similitude da educação com a empatia libertadora de Paulo Freire em face da educação e cibercultura.
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