PORTUGUÊS COMO LÍNGUA DE “ACOLHIMENTO”: RESSITUANDO O CONCEITO / Portuguese as a “host” language: reframing the concept
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2023.74157Palavras-chave:
Português. Língua de acolhimento. Ressituando o conceito.Resumo
Nos últimos anos, estamos presenciando no Brasil o crescimento de um “novo” campo de estudos de português para falantes de outras línguas, qual seja, Português como Língua de Acolhimento (PLAc). O PLAc pode ser entendida como uma proposta linguística/educacional cuja intenção é contextualizar o ensino e a aprendizagem de língua portuguesa para refugiados e outros (i)migrantes que se encontram em situação de vulnerabilidade. Para evitarmos uma postura de “vale-tudo” em defesa de uma suposta prática de justiça social por meio da língua, o que pode resultar em português instrumental para esse público, precisamos fazer duas perguntas. Primeiro, de que acolhimento estamos falando? Segundo, a institucionalização do PLAc torna o lócus do (i)migrante universal e homogêneo? Isso posto, o objetivo deste artigo é problematizar questões de Português como Língua de Acolhimento, focalizando a noção de acolhimento enquanto correspondência direta de hospitalidade e proteção, sustentada pelo viés humanitário. As teorias que orientam o trabalho são complementadas por perspectivas decoloniais (MIGNOLO, 2003; WALSH, 2016), no sentido de combaterem a universalização. A metodologia é de natureza qualitativa e interpretativista, considerando as experiências do pesquisador, a escolha da literatura e as expectativas educacionais atuais. Os resultados sugerem que acolhimento está sendo usado como argumento humanitário institucionalizado. Apontam, ainda, na direção de que o PLAc precisa ser ressignificado em outras bases, se não quiser reproduzir a lógica das competências interculturais.Downloads
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