UM BREVE DECÁLOGO SOBRE FORMAÇÃO DOCENTE EM LÍNGUAS ESTRANGEIRAS: DIÁLOGOS DUOAUTOETNOGRÁFICOS ENTRE FORMADORES DAS ÁREAS DE INGLÊS E ESPANHOL
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2025.89376Palavras-chave:
Formação de professores, educação linguística, língua inglesa, língua espanhola, autoetnografiaResumo
Neste artigo, problematizamos a formação de educadores linguísticos de inglês e espanhol, por meio da proposta de um brevíssimo decálogo da formação. O texto se inspira em Lima e Siscar (2000), O Decálogo da desconstrução, um manuscrito enriquecedor em que os autores apresentam dez proposições para os estudos de tradução baseados na obra de Derrida. Como formadores de professores de línguas, criamos nosso decálogo sobre formação docente em línguas estrangeiras, porém, por meio de diálogos duoautoetnográficos e de nossas narrativas e experiências sobre formação. A perspectiva autoetnográfica está pautada em Fonseca (2023), Merlo (2022) e Ono (2017). Com relação ao decálogo, evidenciamos que não se trata de apresentação de mandamentos ou normas. A proposta do decálogo tem por objetivo trazer à baila reflexões sobre escritos de algumas/alguns autoras/es que nos guiam em nosso estradar como professor/a de línguas estrangeiras, de forma a lançar luz sobre esses entrelaçamentos. Entre nossas referências, figuram Bourdieu e Passeron (2023), Freire (1989, 1993, 2003, 2022), Freire e Faundez (2022), hooks (2017, 2019, 2020), Jordão, Martinez e Halu (2011), Pessoa, Silvestre e Monte Mor (2018) e Trilla (2006). Ainda que em tempos e espaços diversos, convidamos leitoras/es a se juntarem nas reflexões propostas e no diálogo gestado neste artigo.
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