O MITIGAR DO LUTO EM O HOMEM QUE LIA AS PESSOAS, DE JOÃO ANZANELLO CARRASCOZA
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2023.78180Palavras-chave:
Literatura Infantil Contemporânea, Memória, Temáticas Fraturantes, Luto, Metáforas da Recordação.Resumo
Este artigo empreende uma análise crítica da obra O homem que lia as pessoas (2015), escrita por João Anzanello Carrascoza. A abordagem adotada baseia-se nos estudos memorialísticos e nas perspectivas associadas às temáticas fraturantes presentes na literatura para crianças e jovens. O objetivo deste trabalho consiste em investigar a maneira pela qual o personagem-criança enfrenta a perda de seu pai, por meio da escrita de um livro marcado pela nostalgia e permeada por subjetividades. Para embasar a análise, utiliza-se como aporte teórico obras que exploram as temáticas fraturantes na literatura destinada a crianças e jovens, com destaque para os estudos de Ana Margarida Ramos (2011), Teresa Colomer (2017) e Yolanda Reyes (2021). Paralelamente, os estudos sobre a memória, conduzidos por Aleida Assmann (2011), Ecléa Bosi (2003), Paul Ricoeur (2007) e Henri Bergson (1999) são empregados com o propósito de aprofundar a compreensão acerca da forma como a memória é construída e interpretada na narrativa. A análise da obra constata que a habilidosa utilização de metáforas por parte de Carrascoza (2015), que fundamenta sua escrita em relatos memorialistas e se enquadra no rol de obras para crianças com temas fraturantes, proporciona uma imersão no cotidiano familiar, frequentemente negligenciado em meio à agitação do dia a dia. A metáfora central da obra, que se manifesta no título, é revelada no desfecho como um convite dirigido ao leitor a adotar uma postura sensível, compreendendo e valorizando o próximo, sem ceder a julgamentos baseados em preconceitos.
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