LEI 10.639/03 E A LITERATURA ANGOLANA: PEPETELA E ONDJAKI / Law 10.639/03 and angolan literature: Pepetela and Ondjaki
DOI:
https://doi.org/10.12957/pr.2022.65440Palavras-chave:
Lei 10.639/03. Romance angolano. Predadores. Os Transparentes. Relações de poder.Resumo
O presente artigo aborda a entrada de obras das literaturas africanas nos currículos a partir da publicação da Lei 10.639/03, bem como a presença, hoje constante, dessas literaturas nas escolas e universidades brasileiras. Ao analisar as representações de poder nos romances Predadores (2008), de Pepetela, e Os Transparentes (2013), de Ondjaki, observa-se que tais romances questionam os rumos da nação angolana pós-independência, sobretudo com a violência do capitalismo predatório e a corrupção em espaços de poder. Nos romances, as relações de poder são representadas pelos poderes político e econômico. Objetiva-se, neste trabalho, refletir sobre as relações de poder como força motriz nas narrativas, que tende a apontar a perda de valores morais e éticos do homem, principalmente quando práticas de corrupção e jogos de interesses verificam-se em parcerias políticas e empresariais. A literatura dos ficcionistas aponta uma série de consequências do acúmulo de capital, concentrado nas mãos da elite, como a má distribuição de rendas e a desigualdade social em Angola. O estudo aponta que estudar a ficção angolana contemporânea é sempre um desafio por haver fecundas ligações entre literatura, história e política que se entrelaçam na tessitura dos textos literários e (re) elaboram nas narrativas a história do país. Além disso, a pesquisa permite uma reflexão crítica sobre a abrangência estética e ética do romance como forma de compreender o passado e o presente de países como Angola e Brasil.
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