Percepção de discursos de ódio em jogos eletrônicos online por adolescentes de Alagoas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2022.63256

Resumo

Este artigo discute sobre discursos de ódio e preconceito veiculados em ambientes de jogos eletrônicos na modalidade online, através das falas de adolescentes praticantes destes jogos que relataram sofrer ou testemunhar discursos proferidos contra gêneros ou etnias percebidos como não padrão, além de formular reflexões dos processos envolvidos na construção e manutenção destes discursos (MORTENSEN, 2018; DOWLING, 2020; BULUT, 2021). Este estudo se insere na Linguística Aplicada (FABRICIO, 2006; MAGNANI, 2014) porque entendemos a prática de jogar como portadora de ideologias que podem promover discursos de ódio através de ideais de maestria tecnológica e autopercepção (KOCUREK, 2015). Discorremos sobre a modalidade de jogar em aparelhos celulares, citando o exemplo do jogo Free Fire, e como as condições de produção e o consumo deles podem promover discursos de ódio. Analisamos falas de três adolescentes e suas reações aos discursos sofridos ou testemunhados. Percebemos uma falta da percepção da gravidade de tais discursos por parte de jogadores e desenvolvedores dos jogos, e que a permissividade com discursos de ódio em ambientes online precisa ser combatida.

Biografia do Autor

Ritaciro Cavalcante da Silva, Universidade Federal de Alagoas

Professor de Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Instituto Federal de Alagoas – Campus Viçosa. Doutorando em Linguística pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura/UFAL, mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura/UFAL (2015) e licenciado em Letras-Inglês pela Universidade Federal de Alagoas (2012).

Sérgio Ifa, Universidade Federal de Alagoas

Professor Adjunto da Universidade Federal de Alagoas – Campus A. C. Simões. Doutor em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006), mestre em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2000) e graduado em Língua e Literaturas Inglesas pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1991). Líder do grupo Letramentos, Educação e Transculturalidade (PPGLL/UFAL).

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Publicado

2022-06-23

Edição

Seção

Dossiê: Discursos de ódio e discursos de resistência em ambiente digital