Mulher e magia em Medeia

Autores

  • Hugo de Araujo Gonçalves da Cunha Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense.

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2013.5823

Palavras-chave:

Medeia, Magia, Feminino.

Resumo

Através da análise da personagem trágica Medeia, com especial enfoque na versão do escritor e filósofo romano Sêneca, o objetivo desse estudo é discutir o modo como a mulher da Antiguidade foi representada por seus contemporâneos e a íntima relação entre magia e feminilidade, da qual a personagem em questão mostra-se um exemplo marcante. Com aporte da sociologia de Pierre Bourdieu, buscamos compreender igualmente, através da leitura do mito dessa feiticeira bárbara, a forma como a civilização ocidental, herdeira do pensamento clássico, percebe as práticas mágicas obscuras como femininas e, portanto, submissas, apesar de subversivas. Assim, a personagem é significativa porque ela reúne sob o estigma da magia todo o medo que a civilização dominantemente masculina tem da feminilidade. A associação entre a amargura da esposa abandonada, habilidades obscuras e a quebra de valores tão caros à mulher, como a maternidade, transformara esta feiticeira em uma figura temível e execrável. DOI 10.12957/soletras.2013.5823

Biografia do Autor

Hugo de Araujo Gonçalves da Cunha, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense.

Possui graduação em História pela UFF e pós-graduação em Estudos Literários pela FFP/UERJ. Atualmente é professor de História da rede estadual de ensino do Rio de Janeiro e mestrando do Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

2013-09-05

Edição

Seção

Estudos Literários