VICTOR SILVA, POETA DECADENTISTA

Autores

  • Fernando Monteiro de Barros UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2010.5172

Resumo

Nascido no Rio de Janeiro e radicado no Rio Grande do Sul apartir de 1897, onde exerceu a função de diretor da Biblioteca Públicado Estado de 1907 até a sua morte, Victor Silva (1865-1922) afigura-se um exemplo de como as etiquetas classificatórias acabampor não dar conta da pluralidade de acentos que vibram na produçãopoética do período finissecular oitocentista até a Belle Époque. Emboraem vida tenha publicado seus poemas regularmente em periódicosda época, como as revistas cariocas Kosmos e Renascença, suaobra poética reunida só saiu postumamente, em um único volume,Victorias (1924), livro eclipsado pela febre modernista recémdeflagradano país.Nos decênios que vão do final do século XIX ao começo doséculo XX, a poesia brasileira possui a marca do ecletismo e do hibridismoestético. Os estilos finisseculares dezenovescos, o Parnasianismoe o Simbolismo, de origem francesa, não chegaram ao Brasilde forma ortodoxa e purista, mas sim marcados por uma contaminaçãoestilística recíproca em que também se deixa entrever, como umaserpente passeando no jardim, o Decadentismo, além de residuaissobrevivências do Romantismo.

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Publicado

2010-12-04

Edição

Seção

Artigos Originais