Por uma semiótica do mal: “The imp of the perverse”, de Edgar Allan Poe

Autores

  • Leonardo Vieira de Almeida FFP/UERJ

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2012.5038

Palavras-chave:

Semiótica do mal. Paródia. Metaconto. Teoria da impulsividade.

Resumo

Publicado pela primeira vez no Graham´s Lady´s and Gentleman´s Magazine, emjulho de 1845, o conto “The imp of the perverse”, de Edgar Allan Poe, trata de um insólitoacontecimento: o assassinato premeditado por intermédio de um ato de leitura. Procurandodesvendar a causa secreta da impulsividade humana, Poe questiona a acepção da liberdade, jáque o homem é livre na medida em que o gesto do pensamento pode ser sua perdição. Ouseja, se o narrador em primeira pessoa infringe a lei, buscando a liberdade, consegue esta nasua própria impossibilidade: é livre para perder o direito de sê-lo. Desse modo, o paradoxo doautor de O corvo se constrói mediante a proliferação do “gênio maligno”, de René Descartes,descrito em suas Meditações, a qual se afirma por uma semiótica do mal, procedimento quetem na anatomia do impulso seu móbil particular.

Biografia do Autor

Leonardo Vieira de Almeida, FFP/UERJ

Escritor, doutor em Letras, professor substituto de Literatura da Faculdade de Formação de Professores da UERJ e pesquisador da Cátedra Unesco de Leitura, na PUC-Rio. Autor dos livros decontos Os que estão aí (Ibis Libris, 2002); A flor no rosto (Multifoco, 2010) e Veredas do grande conto: adescoberta do sertão em Guimarães Rosa (ensaio), pela editora da PUC-Rio em coedição com a Uapê, em 2011(Prêmio Antonio Olinto, da União Brasileira de Escritores, 2012).

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Publicado

2012-12-19

Edição

Seção

Estudos Literários