Imaginário da mobilidade na obra Rakushisha, de Adriana Lisboa: entre o fluxo e a fixidez
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2019.43418Palavras-chave:
Mobilidade versus Sedentarismo. Caminhar e Olhar. Nação e Identidade. Literatura como Viagem.Resumo
O artigo tem por objetivo analisar o romance Rakushisha, da escritora brasileira Adriana Lisboa, publicado em 2007. O recorte analítico focaliza ações e imagens de mobilidade presentes na obra, de forma que o curso da investigação evidencia como tais ações e imagens, não raro, revestem-se de profundo significado existencial, culminando com seus personagens protagonistas em situações de descoberta interior ou de “insights epifânicos sobre o eu”, conforme Thompson (2011). A partir disso, com base no próprio Carl Thompson (2011), e também em Maria Zilda Ferreira Cury (2012) e Tim Cresswell (2006), o artigo evidencia como a construção discursiva de um imaginário da mobilidade projeta-se em Rakushisha por meio de uma negociação entre as instâncias metafísicas do fluxo e da fixidez. Essa negociação se revela na instabilidade identitária das personagens protagonistas representadas, na construção de um discurso pós-nacional que vai além de essencialismos e estereótipos nacionais e, por fim, nas próprias reflexões sobre o ato de escrita, construídas na chave metafórica da viagem, no deslocamento incessante de signos.Downloads
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