Nueva corónica y buen gobierno i justicia: textualidades, subversión y resistencia en “zonas de contacto”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2019.43394

Palavras-chave:

Literatura Colonial Hispano-Americana, Felipe Guaman Poma de Ayala, Nueva Crónica y Buen Gobierno

Resumo

Resumo: Os primeiros textos de autoria indígena na América Hispânica constituem parte importante do corpus literário colonial, pois se situam nas denominadas zonas de contacto, ou seja, nos “[...] espacios sociales en que culturas dispares se encuentran, chocan y se enfrentan, a menudo dentro de relaciones altamente asimétricas de dominación y subordinación [...].” (PRATT, 2010, p. 31). Dentro desse contexto será analisada a crônica de Felipe Guaman Poma de Ayala intitulada Nueva corónica y buen gobierno i justicia (1615), considerada uma das primeiras fontes escritas por um indígena que narra sua própria versão da história andina. As reflexões aqui apresentadas convergem para a ideia de que o cronista ameríndio elaborou uma obra auto-etnográfica permeada de críticas ao sistema colonial e de reivindicações de justiça social manifestadas num documento escrito em língua espanhola e quéchua, no qual se fusiona a escrita e a oralidade. Um manuscrito complementado com ilustrações e epígrafes explicativas con o intuito de traduzir o imagináario andino a um público europeu além de divulgar sua proposta de reforma administrativa colonial. Estudos críticos como os de Wachtel (1973), Pratt (2010), Porras Barrenechea (1948), Adorno (2010) y González Echevarría (2011) subsidiarão as análises deste estudo.

Biografia do Autor

Ximena Antonia Díaz Merino, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

Possui Estágio Pós-doutoral em História e Literatura pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2017). Doutora e Mestre em Letras Neolatinas opção Literaturas Hispânicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora Adjunta de Cultura e Literaturas Hispânicas do departamento de Letras do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro /UFRRJ. Membro do GT "Teoria do texto poético" da ANPOLL (2012-2016). Publicou como co-autora os seguintes livros: Poesia hispano-americana: imagem, imagem, imagem. (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas UFRJ/CAPES, 2006); O imaginário poético pré-colombiano ontem e hoje. Os astecas (v.1). Os maias (v.2). Os incas (v.3) (Faculdade de Letras UFRJ, 2007); Provocações da cidade (Faculdade de Letras UFRJ, 2009); Palabras en ristre: Reflexiones literarias de la Guerra Civil Española (LILA/ CNPq/ UFRJ, 2009); El Pensamiento y la Expresión Americana (Programa de Pós-Graduação em Letras Neolatinas UFRJ/ CAPES, 2011); Experimentação e ruptura / tradição e inovação: marcas do processo criativo huidobriano. (Programa de Pós-Graduação Strito Sensu em Letras, 2012). Provocações da Amazônia: dos rios voadores aos voos imaginários. Editora e Gráfica Universitária-Edunioeste, 2015.Imagens das Américas Interfaces Sociais, Culturais e Literárias. Editora e Gráfica Universitária-Edunioeste, 2016. Bolsista Capes / PARFOR / Unioeste- 2013. Pesquisadora dos seguintes Grupos de pesquisa cadastrados no CNPq: Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas Diversas Linguagens – UNIOESTE; Literatura Brasileira: sociedade e mito – UNIOESTE; Red Internacional de Investigadores de la Literatura Comparada: “Estéticas en movimiento, tránsitos culturales, simbólicos y linguísticos” - Universidad de Los Andes de Venezuela; VARIUS - Variação e uso/UFRRJ. Atualmente Bolsista PIBID-Coordenadora de Área. Foi Bolsista Capes/Parfor/UFRRJ em 2016

Publicado

2019-10-05

Edição

Seção

Dossiê: Poéticas em trânsito: espaços, deslocamentos e temporalidades múltiplas