O viés funcional do pareamento simbólico função < > forma na abordagem construcional da gramática

Autores

  • Mariangela Rios de Oliveira Universidade Federal Fluminense/CNPq
  • Ana Beatriz Arena Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Formação de Professores

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2019.37628

Palavras-chave:

Função, significado, sentido, construção gramatical, daí que.

Resumo

Com base na Linguística funcional centrada no uso, nos termos de Traugott e Trousdale (2013) e Bybee (2010; 2015), entre outros, este artigo se volta para o eixo funcional do pareamento função-forma, tal como postulado na abordagem construcional da gramática, com base em Goldberg (1995; 2006) e Croft (2001). Além de discutir acerca dos termos função, significado e sentido no contexto desse viés teórico, propomos que esses termos sejam refinados, a fim de contemplarem a seguinte hierarquia disposta em gradiente: esquema > subesquema > microconstrução > constructo. Assumimos que: a) o termo função deve ser utilizado na referência ao nível do esquema, o mais alto da hierarquia construcional; b) o termo significado seja usado para o nível do subesquema e da microconstrução; c) o termo sentido, por sua maior especificidade contextual, deve ser usado no plano do uso linguístico efetivo, do token. Para ilustrar tal proposição, que vincula o refinamento terminológico do eixo funcional da construção à hierarquização já referida, utilizamos os dados de Arena (2015), em sua pesquisa acerca da construcionalização gramatical que derivou na construção conectora lógica [daí que]cla em português.

Biografia do Autor

Mariangela Rios de Oliveira, Universidade Federal Fluminense/CNPq

Possui graduação em Letras Português Literaturas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1981), mestrado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1986) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993). Tem pós-doutorado na Universidade Aberta (Lisboa). É professora titular aposentada de Língua Portuguesa da Universidade Federal Fluminense; foi presidente da Associação Brasileira de Linguística (ABRALIN) no biênio 2015-2017 e é atualmente membro do Conselho Deliberativo da entidade. Coordenadora nacional do Grupo de Estudos Discurso & Gramática. Foi chefe do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da UFF em três gestões e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem em duas gestões. Ex-coordenadora do GT Descrição do Português nos biênios 2012-2013 e 2014-2015. Foi editora-chefe da Revista Gragoatá de 2006 a 2016. É docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem da UFF. Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Lingustica, atuando principalmente nos seguintes temas: língua portuguesa, funcionalismo, construcionalização lexical e gramatical, morfossintaxe e advérbios.

Ana Beatriz Arena, Universidade do Estado do Rio de Janeiro/Faculdade de Formação de Professores

Doutora em Estudos de Linguagem (Universidade Federal Fluminense, 2015). Mestre em Língua Portuguesa (Universidade Federal Fluminense, 2008). Graduada em Letras (Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1985). Pesquisadora do Grupo de Estudos Discurso & Gramática (D&G) e do Grupo de Pesquisa Conectivos e Conexão de Orações (CCO), ambos sediados na UFF. Professora adjunta da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Professora dos ensinos fundamental e médio das redes pública e particular. Revisora dos Cadernos de Saúde Pública (ENSP-FIOCRUZ).

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Publicado

2019-01-30

Edição

Seção

Dossiê: Novos encaminhamentos teórico-metodológicos da Linguística Funcional Centrada no Uso