A poesia excêntrica de Medeiros e Albuquerque: o decadentismo na Academia

Irineu Eduardo Jones Corrêa

Resumo


Este trabalho aborda a presença da poesia decadentista no campo literário brasileiro, com foco especial no trabalho de Medeiros e Albuquerque (1867-1934), um jovem poeta que publica seus dois livros com menos de 23 anos de idade. Seus poemas daquele período são pouco conhecidos e, quando comentados são tratados de modo secundário, embora o autor tenha se consagrado como jornalista, conferencista, crítico literário, contista e cronista, memorialista, filólogo, autor da reforma ortográfica de 1907 e estado no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras. A hipótese desenvolvida aqui é a de que essa recepção não considera a retórica e os rituais da época e do modelo decadentista. Ao proceder uma reaproximação de sua obra considerando estes parâmetros, observa-se que seu poema amplia suas dimensões, revelando-se um trabalho perfeitamente engajado em seu tempo e na estética decadentista. Os procedimentos de leitura e síntese propostos aqui são baseados na análise do discurso, conforme desenvolvida por Dominique Maingueneau, e nos estudos sobre a organização dos sistemas simbólicos de Pierre Bourdieu.

DOI: 10.12957/soletras.2017.30620

 


Palavras-chave


Belle-époque, Decadentismo; Esteticismo; Poema; Tribo.

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