A tradição alternativa do drama alemão. Friedrich Hebbel e seus precursores

Autores

  • Felipe Vale da Silva Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.12957/soletras.2017.30130

Palavras-chave:

Friedrich Hebbel, Sturm und Drang, Realismo poético, Tragédia Burguesa, Drama social.

Resumo

Há um hiato na história do drama alemão entre o final do romantismo e a segunda metade do século XIX. Nesse período, o gênero da novela e do romance ganharam contribuições importantes no país para a formação do cânone do realismo; os grandes dramas da época, porém, do qual destacamos Maria Madalena (1844) de Friedrich Hebbel, parecem ter sido esquecidos por não se encaixar devidamente às estéticas vigentes em seu tempo. O artigo propõe a obra como parte de uma contracorrente que retoma de certas convenções dramatúrgicas do Sturm und Drang, e que por meio de inovações pontuais, atualiza uma tradição crítica social praticamente esquecida na época da Restauração. Para fins de comparação, analisou-se a peça de Schiller Amor e Intriga (1784), levando em conta os paralelos e diferenças das crises vividas por sua protagonista, Louise Miller, e a Klara de Maria Madalena. Conclui-se que Hebbel ampliou algo que, em Schiller, era apenas uma tragédia amorosa e conflito pessoal entre burgueses e nobres para fazer construir um diagnóstico das condições da pequena burguesia na era da Restauração.

DOI: 10.12957/soletras.2017.30130

 

Biografia do Autor

Felipe Vale da Silva, Universidade de São Paulo

Doutor em Letras (Literatura Alemã) pela Universidade de São Paulo.

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Publicado

2017-11-09

Edição

Seção

Dossiê: Escritores Esquecidos do século XIX