A leitura dos nativos digitais: uma abordagem psicolinguística
DOI:
https://doi.org/10.12957/soletras.2017.29700Palavras-chave:
Leitura. Compreensão leitora, Cognição, Internet, Psicolinguística.Resumo
Considerando o fenômeno conhecido nas neurociências como plasticidade cerebral (SCHWARTZ, 2002) e o escopo teórico da Psicolinguística sobre leitura, pesquisas (SMALL, 2009; CARR, 2011) sugerem que o uso da Internet favorece o desenvolvimento da capacidade de realizar múltiplas tarefas, o que teria um encargo cognitivo preocupante: a perda gradativa da nossa capacidade de concentração e reflexão. Esse quadro suscita duas perguntas básicas: (i) Como essas mudanças em nosso comportamento cognitivo podem afetar nossa capacidade de decodificar e atribuir significados a textos escritos? (ii) As novas gerações, os chamados os nativos digitais (PRENSKY, 2001), estão mais suscetíveis a essas mudanças pela exposição precoce aos meios virtuais? Definimos como objetivos do trabalho a verificação de possíveis dificuldades na compreensão de textos e retenção de informações por parte dos nativos digitais e averiguação de possíveis diferenças na leitura em meio digital e impresso por parte dos nativos digitais e dos imigrantes digitais. Utilizamos a metodologia experimental, através de uma tarefa de preenchimento de lacunas no modelo do Teste de Cloze (TAYLOR, 1953) e um teste de memória/reconhecimento das palavras apresentadas no texto. As variáveis dependentes foram o número de palavras preenchidas de forma coerente com o sentido do texto e o número de palavras recordadas no teste de memória, enquanto as variáveis independentes foram a classificação em nativo digital ou imigrante digital, o meio utilizado para a leitura, papel ou computador, e o tamanho do texto, curto ou longo. Os sujeitos não foram expostos às mesmas condições experimentais (distribuição entre sujeitos).]
http://dx.doi.org/10.12957/soletras.2017.29700
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