A violência e a tragédia em God of war

Adriana Falqueto Lemos, Joana d’Arc Batista Herkenhoff, Carlos Eduardo Ferreira da Cruz

Resumo


Objetivou-se, a partir do viés da crítica literária, refletir sobre a presença ostensiva da violência no videogame God of War (2005), da Sony. A partir dos estudos sobre o modo ficcional trágico, desenvolvidos por Northrop Frye em Anatomy of Criticism (1957), buscou-se evidenciar a presença de elementos da tragédia na arquitetura do jogo e suas implicações na produção de sentidos por parte dos jogadores, uma vez que se compreende o game como um artefato cultural que comporta valores e ideologias e que os jogadores não são meros consumidores e podem se aperceber dessas questões por meio de uma leitura crítica que pode ser apreendida (BOGOST, 2011). A partir da análise do game com o aporte teórico indicado foi possível identificar também a presença de elementos da epopeia ao lado de diversos aspectos do gênero literário trágico na conformação narrativa do videogame em questão. São esses elementos: a semelhança do protagonista com o herói trágico, a ironia do destino, a falha trágica e a catarse. Constatou-se que a violência, como recurso utilizado pelos designers do jogo, integra-se de forma coerente à estrutura do game, contribuindo para o envolvimento do jogador em uma obra que se destaca por sua já reconhecida qualidade.


Palavras-chave


Videogame; God of War; Catarse; Tragédia.

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DOI: https://doi.org/10.12957/soletras.2016.24957

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